Pais de pets antivacinas: ceticismo chega aos donos de animais de estimação
O ceticismo em relação às vacinas, que ganhou destaque nos últimos anos associado a preocupações sobre a saúde humana, começa a se manifestar também no universo dos animais de estimação. Donos de cães e gatos têm relatado hesitação em seguir os calendários de vacinação recomendados por veterinários, impulsionados por desinformação e teorias conspiratórias que circulam em grupos online e redes sociais. Essas atitudes levantam sérias preocupações para a saúde pública veterinária, pois a vacinação é uma ferramenta fundamental na prevenção de doenças graves e potencialmente fatais em animais. A cobertura vacinal baixa pode levar ao ressurgimento de enfermidades que já estavam controladas, como a cinomose e a parvovirose canina, e a panleucopenia felina, colocando em risco não apenas os animais não vacinados, mas também aqueles que, por alguma razão, não desenvolveram imunidade completa. A medicina veterinária moderna se baseia em décadas de pesquisa e evidências científicas robustas que comprovam a segurança e a eficácia das vacinas. Os protocolos de vacinação são desenvolvidos para proteger os pets contra patógenos comuns e perigosos, muitos dos quais podem ser transmitidos para humanos (zoonoses), reforçando a importância dessa prática para além do bem-estar individual do animal. É crucial que os tutores de pets busquem informações em fontes confiáveis, como clínicas veterinárias e órgãos de saúde animal, e dialoguem abertamente com seus veterinários sobre quaisquer dúvidas ou receios. A desinformação pode ter consequências graves, e a vacinação continua sendo a forma mais eficaz e acessível de garantir uma vida longa e saudável para nossos companheiros animais, além de contribuir para a segurança sanitária da comunidade.