Outubro Rosa e a Essencialidade da Vacinação contra HPV
O Outubro Rosa é amplamente reconhecido pela sua campanha de conscientização e prevenção contra o câncer de mama, um tipo de doença que afeta milhares de mulheres anualmente. No entanto, a luta contra o câncer vai além da mamografia, abrangendo a prevenção de diversas neoplasias, muitas delas diretamente ligadas a infecções virais. A vacinação contra o HPV (Papilomavírus Humano) surge como um pilar fundamental nessa discussão, pois esse vírus é o principal agente causador do câncer de colo do útero, mas também está associado a outros tipos de câncer, como os de ânus, pênis, vulva, vagina e orofaringe, além de estar relacionado ao surgimento de verrugas genitais. A importância da vacinação contra o HPV é tão grande quanto a de outras vacinas do calendário nacional. O Papilomavírus Humano é extremamente comum, transmitido principalmente pelo contato sexual, e a infecção pode permanecer no corpo por anos sem apresentar sintomas, desenvolvendo lentamente lesões que, em alguns casos, evoluem para o câncer. A vacina disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) é gratuita e altamente eficaz na prevenção das infecções pelos tipos mais comuns e oncogênicos do vírus. A cobertura vacinal ideal é essencial para a proteção individual e também para a criação da imunidade de rebanho, que beneficia toda a comunidade, reduzindo a circulação do vírus. Recentemente, o Ministério da Saúde ampliou o público-alvo da vacina contra o HPV para jovens de 15 a 19 anos, buscando alcançar aqueles que não se vacinaram na idade recomendada (9 a 14 anos para meninas e 11 a 14 anos para meninos). Essa medida é um passo importante para aumentar a proteção contra os cânceres associados ao HPV, mas a adesão ainda é um desafio em diversas localidades, como observado em Alagoas, onde a cobertura vacinal tem apresentado quedas. Campanhas de vacinação em cidades como Caraguatatuba reforçam a necessidade de atualização do calendário vacinal, englobando não apenas o HPV, mas também outras doenças preveníveis na infância e adolescência. A conscientização sobre a vacinação contra o HPV deve ser contínua e integrada às discussões de saúde pública. Nutricionistas, médicos, educadores e familiares têm um papel crucial em desmistificar a vacina e incentivar a imunização. A desinformação e o baixo interesse podem ter consequências graves a longo prazo, comprometendo a saúde de futuras gerações. Unimed Cuiabá, por exemplo, tem se posicionado para reforçar a importância da vacinação, mostrando que a prevenção é o melhor caminho e que a vacina contra o HPV é uma ferramenta poderosa nessa luta pela saúde e bem-estar geral, complementando os esforços de prevenção de outras doenças importantes como o câncer de mama.