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Operação da PF mira suplente de Alcolumbre em esquema de fraudes de R$ 60 milhões no DNIT do Amapá

A Polícia Federal, em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU), deflagrou nesta terça-feira (28) a Operação Route 156, visando desarticular um esquema criminoso de fraudes em licitações públicas, com desvio de verbas federais, na Superintendência do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) no Amapá. As investigações apontam para um prejuízo de aproximadamente R$ 60 milhões aos cofres públicos. O suplente do senador Davi Alcolumbre no Amapá, Jurandir Portela, é um dos principais alvos da operação, que cumpre mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva em Macapá e Brasília. A ação policial busca desmantelar uma rede criminosa suspeita de manipulação de licitações para obras de infraestrutura no estado, incluindo trechos da BR-156, uma rodovia estratégica para o desenvolvimento regional. Foram apreendidos bens de luxo como carros de alto valor, joias e obras de arte. O esquema investigado envolvia a criação de empresas de fachada, direcionamento de licitações e superfaturamento de contratos. A atuação conjunta da PF e CGU visa garantir a integridade dos processos licitatórios e responsabilizar os envolvidos em condutas ilícitas, reforçando o compromisso com a transparência e o bom uso do dinheiro público. As investigações revelaram a possível participação de servidores públicos em conluio com empresários para obter vantagens indevidas, comprometendo a execução de obras essenciais para o Amapá. As autoridades destacam que a Operação Route 156 é um marco no combate à corrupção em obras de infraestrutura no Norte do país, com desdobramentos que podem atingir outras áreas. A repercussão do caso reforça a importância de mecanismos de controle e fiscalização mais rigorosos no setor público, especialmente em licitações de grande vulto que impactam diretamente a vida dos cidadãos e o progresso socioeconômico dos estados. Além do foco no suplente de Alcolumbre, a operação abrange outros investigados que teriam participação ativa na organização criminosa, desde a elaboração de editais fraudulentos até o recebimento dos recursos desviados. A PF enfatiza que as apurações estão em curso e novas fases podem ser deflagradas caso sejam encontradas evidências de continuidade ou expansão do esquema. O DNIT, por meio de nota, informou que está colaborando integralmente com as investigações e que adota medidas rigorosas para coibir fraudes em seus processos. A instituição reiterou seu compromisso com a ética e a eficiência na execução de suas obras e serviços. As apreensões de bens de luxo, como um Porsche, joias e obras de arte, demonstram a dimensão financeira do esquema e o proveito econômico obtido pelos criminosos. O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos, ressaltou a complexidade das investigações e a importância da atuação integrada para combater crimes de colarinho branco que afetam a sociedade. A expectativa é que a Operação Route 156 sirva de alerta e iniba futuras tentativas de desvio de recursos públicos, promovendo um ambiente de maior probidade administrativa nos futuros contratos do DNIT.