A Operação Alquimia, conduzida pela Polícia Federal em colaboração com a Receita Federal, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), visa desarticular uma rede criminosa suspeita de operar uma fábrica clandestina de metanol em Santa Catarina. A investigação aponta que essa produção irregular estaria ligada à adulteração de bebidas alcoólicas, prática que representa um grave risco à saúde pública devido à toxicidade do metanol. A ação se soma a outras operações recentes que têm como foco o comércio ilegal e a adulteração de bebidas, evidenciando a crescente preocupação das autoridades com a segurança do consumidor. As propriedades do metanol, um álcool de baixo peso molecular e altamente volátil, o tornam um componente perigoso quando ingerido, podendo causar cegueira, danos neurológicos graves e até levar à morte em pequenas doses. Esse composto é frequentemente empregado como solvente industrial e em processos de fermentação, mas sua venda e uso para consumo humano são estritamente proibidos. A complexidade da cadeia produtiva do setor sucroalcooleiro, que envolve a destilação da cana-de-açúcar para a produção de etanol, frequentemente cria oportunidades para desvios e fraudes, como a possível produção e comercialização de metanol de forma clandestina. Nesse contexto, a atuação integrada dos órgãos de fiscalização é crucial para identificar e coibir essas atividades ilícitas, protegendo a população de produtos adulterados e perigosos. A Operação Alquimia representa um passo importante no combate a esse tipo de crime, que afeta diretamente a saúde e a segurança dos cidadãos, além de causar concorrência desleal no mercado regular.