A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) parabenizaram o Brasil por alcançar a eliminação da transmissão vertical do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). Essa certificação representa um avanço significativo para o país, que se consolida como a única nação continental a erradicar essa forma de contágio. A transmissão vertical ocorre quando o vírus é passado de uma mãe soropositiva para seu filho durante a gravidez, o parto ou a amamentação. A conquista é fruto de décadas de um esforço contínuo em políticas públicas de saúde, acesso a tratamento antirretroviral para gestantes e a implementação de programas de acompanhamento pré-natal e pós-parto. A eliminação da transmissão vertical do HIV é um objetivo global que demonstra a capacidade do sistema de saúde brasileiro em responder a desafios complexos de saúde pública. A obtenção deste certificado não apenas valida os esforços do Ministério da Saúde e das Secretarias Estaduais e Municipais, mas também impulsiona a manutenção e o aprimoramento dos programas de prevenção e tratamento. É importante ressaltar que embora a transmissão de mãe para filho tenha sido eliminada, a luta contra o HIV continua. Ainda existem outras formas de transmissão do vírus, e a prevenção, o diagnóstico precoce e o acesso contínuo ao tratamento para pessoas vivendo com HIV são cruciais para o controle da epidemia. A boa notícia é que, com o tratamento adequado, pessoas com HIV podem ter uma vida longa e saudável, e a carga viral indetectável impede a transmissão sexual do vírus. O Brasil, com esta certificação, se posiciona como referência internacional e inspira outros países a perseguirem marcos semelhantes. A persistência em garantir o acesso universal à saúde e a adesão às melhores práticas clínicas foram fundamentais para este resultado histórico, que impacta positivamente a vida de milhares de famílias brasileiras e abre novas perspectivas para o combate a outras doenças transmissíveis. O selo de eliminação da transmissão vertical do HIV para o município de Varginha em Minas Gerais, e também para hepatite B, exemplifica como a atenção primária à saúde e a atuação local são determinantes para o sucesso das políticas nacionais. A replicabilidade dessas ações em âmbito nacional torna-se um passo essencial para que cada vez mais brasileiros possam usufruir de um sistema de saúde que protege e oferece qualidade de vida, reforçando a importância do compromisso contínuo com a pesquisa, a inovação e a equidade no acesso aos serviços de saúde. A comunidade científica e os profissionais de saúde celebram esta conquista, que reafirma o poder da ciência e da colaboração para a superação de grandes desafios da saúde pública. A vigilância e a educação em saúde continuam sendo pilares indispensáveis para sustentar e aprofundar os resultados obtidos, garantindo que o Brasil permaneça na vanguarda do combate ao HIV e outras doenças.