A aparente contradição entre a escalada de tensões no Oriente Médio e a queda nos preços do petróleo tem gerado debates intensos no mercado financeiro. Tradicionalmente, conflitos na região do Golfo Pérsico, onde se concentra grande parte da produção mundial de petróleo, tendem a impulsionar os preços devido ao risco de interrupção do fornecimento. No entanto, desta vez, fatores como a robustez da produção em outros países, estoques estratégicos e a antecipação de uma resolução diplomática para a crise têm pesado mais na balança, levando a um cenário de desvalorização do barril. A capacidade do Irã de utilizar o Estreito de Ormuz como um trunfo estratégico em resposta a ações de Israel e dos Estados Unidos, por exemplo, tem sido questionada, sugerindo que o país pode estar ponderando cuidadosamente suas retaliações para evitar um agravamento ainda maior, ou que tal medida teria um impacto limitado dada a atual estrutura de mercado. Essa situação reflete a complexidade das relações geopolíticas e econômicas, onde a percepção de oferta futura e a estabilidade diplomática podem superar o temor imediato de disrupções. A Forbes Brasil também aponta para um desabamento nos preços, indicando que os negociadores podem estar antecipando um cenário de maior oferta ou uma demanda menor no futuro próximo, independentemente das notícias sobre a instabilidade regional.