A Meta, empresa por trás do Facebook e Instagram, lança oficialmente no Brasil os seus óculos inteligentes, fruto da colaboração com a icônica marca de óculos Ray-Ban. O modelo Ray-Ban Meta, que já conquistou popularidade em outros mercados, chega com a promessa de aliar estilo e tecnologia avançada, permitindo aos usuários capturar fotos e vídeos em ultra alta definição, realizar chamadas e ouvir música com áudio imersivo, tudo isso sem a necessidade de manusear um smartphone. O preço de lançamento de R$ 3.299 posiciona o dispositivo como um gadget premium, competindo diretamente com outros eletrônicos de ponta e mirando um público que busca conveniência e inovação no uso diário de tecnologia.

O grande atrativo dos óculos Meta Ray-Ban reside em sua capacidade de integrar funcionalidades de computação vestível de forma discreta e elegante. Equipadados com câmeras de alta resolução, os óculos permitem a gravação de vídeos em UHD (4K), oferecendo uma perspectiva em primeira pessoa para registrar momentos. O sistema de áudio integrado proporciona uma experiência sonora clara, seja para ouvir podcasts, atender chamadas ou usar comandos de voz para interagir com assistentes virtuais. A conectividade Bluetooth e Wi-Fi garante a integração com o ecossistema digital do usuário, facilitando o compartilhamento de conteúdo e o acesso a aplicativos.

A chegada ao Brasil acontece em um momento de intensa disputa no mercado de eletrônicos vestíveis, onde empresas como Apple e Samsung já possuem forte presença com smartwatches e fones de ouvido avançados. Embora os óculos da Meta ofereçam uma proposta de valor diferenciada, com foco na captura de conteúdo e na integração de IA de forma mais fluida, o alto preço pode ser um fator limitante para a adoção em massa. Críticos apontam que, apesar das inovações, o produto ainda está longe de destronar os líderes já estabelecidos, que oferecem ecossistemas mais consolidados e uma gama maior de funcionalidades.

O marketing em torno do lançamento também tem sido alvo de debates. Movimentos que associam o produto à inteligência artificial e à inovação, como o realizado por Mark Zuckerberg, podem gerar expectativas elevadas. Contudo, a percepção de que o dispositivo ainda carece de recursos que justifiquem plenamente o investimento para o consumidor médio, ou que sua usabilidade está aquém do potencial prometido, pode gerar uma reação mista. O sucesso a longo prazo dependerá não apenas da qualidade técnica, mas também da capacidade da Meta em demonstrar claramente o valor agregado e construir um ecossistema de aplicativos e serviços que expandam as funcionalidades dos óculos.