A B3 tem observado uma diminuição significativa em seu número de empresas listadas nos últimos anos, um fenômeno que remonta a níveis de 2021, indicando um retrocesso de aproximadamente quatro anos. Esse cenário é impulsionado por uma combinação de fatores, sendo as fusões e aquisições (M&A) um dos principais motores por trás dessa retração. A consolidação de setores, impulsionada pela busca por sinergias, maior participação de mercado e eficiências operacionais, leva empresas a se unirem, resultando na saída de companhias individualmente listadas da bolsa. Paralelamente, um ambiente macroeconômico desafiador, marcado por instabilidade política, inflação persistente e altas taxas de juros globais, tem desencorajado novas ofertas públicas iniciais (IPOs). Empresas e investidores tendem a ser mais cautelosos em momentos de incerteza, postergando planos de listagem até que o cenário se mostre mais favorável. Essa retração no número de empresas listadas pode ter implicações para a liquidez do mercado, a diversidade de investimentos disponíveis e a atratividade da bolsa brasileira para capital estrangeiro. A queda de 14 empresas em um único ano é um alerta para os gestores do mercado de capitais sobre a necessidade de estratégias que fomentem um ambiente mais propício para a captação de recursos e a permanência das empresas em bolsa, especialmente em um contexto onde a retomada econômica global ainda apresenta incertezas. A tendência de ofertas públicas de aquisição (OPAs) para retirar empresas da bolsa, potencializada por avaliações de mercado desfavoráveis, também contribui para essa dinâmica. Investidores que optam por vender suas participações em OPAs podem enfrentar perdas expressivas, destacando a importância de uma análise criteriosa e de longo prazo ao investir no mercado de ações, onde a volatilidade é inerente e as condições de mercado podem mudar rapidamente, afetando tanto a atratividade de novas listagens quanto a permanência das empresas já estabelecidas.