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Nobel de Economia 2025 premia trio por pesquisas sobre inovação e crescimento econômico

O Prêmio do Banco Central da Suécia de Ciências Econômicas em Memória de Alfred Nobel, amplamente conhecido como Nobel de Economia, foi concedido em 2025 a Joel Mokyr, Philippe Aghion e Peter Howitt. O trio foi reconhecido por suas pesquisas inovadoras que desvendaram os mecanismos pelos quais a inovação impulsiona o crescimento econômico a longo prazo. Suas teorias, especialmente a do conceito de destruição criativa, foram fundamentais para entender como novas tecnologias e modelos de negócios, embora possam deslocar setores estabelecidos, são essenciais para o avanço da produtividade e a prosperidade das nações. Aghion, em particular, tem sido uma voz influente sobre a necessidade de políticas que incentivem o risco e a inovação empreendedora, alertando contra a complacência e a inércia em economias em desenvolvimento, como o caso do Brasil, onde a burocracia e a falta de apoio a startups podem sufocar o potencial criativo. A pesquisa do grupo aborda questões cruciais para o debate contemporâneo, incluindo o impacto potencial da inteligência artificial nas dinâmicas econômicas. A destruição criativa, um termo popularizado por Joseph Schumpeter, descreve o processo pelo qual inovações disruptivas levam ao declínio e eventual desaparecimento de indústrias e empresas que não conseguem se adaptar. Mokyr, Aghion e Howitt desenvolveram modelos teóricos e empíricos que quantificam e explicam como esse processo, embora por vezes doloroso no curto prazo, é o motor subjacente do progresso econômico sustentável no longo prazo, levando a aumentos de produtividade e melhorias no padrão de vida. Essas contribuições oferecem um arcabouço teórico para a formulação de políticas públicas que buscam fomentar um ambiente propício à inovação. Ao premiar estes economistas, o comitê do Nobel sinaliza a importância contínua da inovação como pilar central para o desenvolvimento econômico, incentivando governos e empresas a priorizarem investimentos em pesquisa e desenvolvimento, educação e um ecossistema que recompense a criatividade e a assunção de riscos calculados. A análise dessas teorias é vital para navegar os desafios e oportunidades da economia do século XXI, incluindo a revolução digital e as transformações causadas pela inteligência artificial.