A cidade de Niterói, no estado do Rio de Janeiro, tem sido palco de um preocupante cenário de saúde pública. Dados recentes revelam um disparo nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), com a gripe despontando como a principal causa de internações. Paralelamente a esse aumento, a adesão da população niteroiense à campanha de vacinação contra a gripe permanece alarmantemente baixa, criando um ambiente propício para a propagação da doença e o agravamento de seus casos. A situação em Niterói não é um evento isolado, mas sim um reflexo de uma tendência nacional mais ampla. Boletins de instituições como a Fiocruz têm alertado para um crescimento expressivo nos casos de síndromes respiratórias em todo o Brasil. Enquanto a COVID-19 ainda detém o título de doença mais letal entre as que causam SRAG, a gripe se estabeleceu como a principal responsável pelas internações. A predominância do vírus Influenza nas internações por SRAG é um dado que merece atenção. Em abril, as mortes por Influenza representavam 11% do total de óbitos por SRAG, um número que saltou para 75% em junho, conforme apontado por veículos de imprensa especializados em economia e saúde. Esse dado sublinha a urgência de fortalecer as campanhas de vacinação e as medidas preventivas. Diante desse quadro, o governo federal, por meio do Ministério da Saúde, anunciou a liberação de mais R$ 50 milhões para reforçar o atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS). Essa medida visa aprimorar a capacidade de resposta das unidades de saúde, que enfrentam uma crescente demanda por leitos e atendimento especializado, especialmente em regiões como Niterói, onde o aumento de casos pressiona os serviços de saúde. A vacinação continua sendo a ferramenta mais eficaz para conter o avanço da gripe e reduzir a gravidade dos casos.