Netanyahu sugere assassinato de Ali Khamenei para acabar com conflito
Em uma recente e polêmica declaração, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, indicou que a morte do aiatolá Ali Khamenei, o líder supremo do Irã, poderia ser a chave para o fim dos conflitos na região. Essa afirmação escalou ainda mais as já elevadas tensões entre Israel e Irã, nações historicamente adversárias com profundas diferenças ideológicas e estratégicas. A sugestão de um assassinato direto de um chefe de Estado é raramente feita por líderes mundiais e, quando ocorre, provoca condenação generalizada e preocupações sobre a estabilidade global. Ali Khamenei, que ascendeu ao posto de Líder Supremo do Irã em 1989 após a morte do aiatolá Ruhollah Khomeini, é a figura política e religiosa mais poderosa do país. Seu papel vai além da política, influenciando diretamente as decisões militares, econômicas e sociais iranianas. Ele é o comandante em chefe das forças armadas e supervisiona a política externa do Irã, incluindo o controverso programa nuclear. A família de Khamenei, embora não detenha cargos oficiais por herança, exerce considerável influência nos bastidores do poder na República Islâmica, o que reforça a centralidade de sua figura. A retórica de Netanyahu, que já havia afirmado que o aiatolá ‘não duraria muito tempo’ e que ‘ataques de Israel atrasarão programa nuclear do Irã’, reflete a profunda desconfiança e o antagonismo de Israel em relação ao programa nuclear iraniano e ao apoio do Irã a grupos como o Hamas e o Hezbollah. A tese de que a remoção de um líder pode resolver conflitos complexos é frequentemente debatida na geopolítica. No entanto, a história mostra que a eliminação de figuras-chave, como no caso de Qassem Soleimani, general iraniano assassinado pelos EUA em 2020, muitas vezes não pacifica, mas sim intensifica as hostilidades, gerando ciclos de vingança e desestabilização regional, com consequências imprevisíveis para a segurança global.