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NASA Revela Como Tempestades Solares Arrasaram a Atmosfera de Marte e Secaram o Planeta

Uma descoberta inédita da Agência Espacial Norte-Americana (NASA) lança luz sobre um dos maiores mistérios do planeta vermelho: o que aconteceu com toda a água que, acredita-se, já fluiu em sua superfície. A explicação mais recente e convincente aponta para a força implacável do Sol. Pesquisadores analisaram dados coletados por missões espaciais e modelos climáticos para entender como as tempestades solares, ao longo de bilhões de anos, conseguiram gradualmente erodir a atmosfera marciana. Essa perda atmosférica foi crucial, pois foi o escudo protetor que impediu que a água líquida evaporasse e escapasse para o espaço, além de proteger a superfície da radiação nociva. A atmosfera mais fina de Marte hoje não consegue mais reter o calor significativo, resultando em temperaturas extremamente baixas e em uma superfície árida e fria. O que antes poderia ser um planeta úmido e potencialmente habitável, com oceanos e rios, transformou-se no deserto gelado que conhecemos. Essa compreensão é fundamental para futuras missões de exploração, incluindo a busca por sinais de vida passada e a preparação para o envio de astronautas, pois contextualiza os desafios ambientais que eles enfrentarão. A presença de argilas em diferentes regiões de Marte, identificada por outras pesquisas, corrobora a ideia de que houve água líquida em abundância no passado remoto do planeta, possivelmente em um ambiente mais propício à vida do que se imaginava. A equipe da NASA utilizou informações de satélites orbitais e rovers em solo marciano para reconstruir a história atmosférica do planeta, traçando um panorama de como a radiação solar acelerou a dissipação de gases e, consequentemente, da água. As partículas carregadas emitidas pelo Sol, durante eventos como erupções solares e ejeções de massa coronal, bombardearam a atmosfera marciana, arrancando moléculas de forma contínua até que a maior parte dela se perdesse. A perda da atmosfera e da água não significou apenas o fim da possibilidade de vida como a conhecemos hoje, mas também alterou drasticmente a geologia e a química da superfície marciana, deixando para trás um rastro de evidências que cientistas continuam a investigar para desvendar completamente a trajetória evolutiva de nosso vizinho planetário. Ao entender a dinâmica entre o Sol e Marte em seu passado, os cientistas também ganham insights sobre a habitabilidade de exoplanetas em outros sistemas estelares, fornecendo pistas sobre os fatores que tornam um planeta capaz de sustentar vida a longo prazo.