Mulher que dizia ser Madeleine McCann é condenada por assédio aos pais da menina desaparecida
Julia Wandelt, mulher que afirmava ser Madeleine McCann, a menina britânica desaparecida em Portugal em 2007, foi condenada por assédio e difamação contra Kate e Gerry McCann, os pais da criança. A decisão judicial, proferida no Reino Unido, marca um novo capítulo em um caso que gerou enorme atenção midiática e desespero para a família McCann. A sentença, que impõe restrições significativas a Wandelt, visa proteger os pais de mais sofrimento e perturbação, após anos de angústia com o desaparecimento de sua filha e as subsequentes especulações e falsas alegações que surgiram.
Wandelt, que usava o nome de Julia Benz, ganhou notoriedade em 2023 ao lançar uma campanha em vídeos e redes sociais afirmando ser a verdadeira Madeleine McCann, apresentando supostas evidências fotográficas e circunstanciais para embasar sua história. Ela chegou a ser interrogada pela polícia alemã, que investigava o caso de desaparecimento de Madeleine, mas suas alegações foram amplamente desacreditadas pela investigação oficial e pela própria família McCann. O caso de desaparecimento de Madeleine McCann permanece em aberto, com investigações em andamento, especialmente na Alemanha, onde Christian B. é o principal suspeito.
A condenação de Julia Wandelt por assédio contra os pais de Madeleine destaca os limites da liberdade de expressão quando esta causa dano real e sofrimento a terceiros. A lei britânica é rigorosa em proteger indivíduos de assédio e difamação, especialmente em casos de alta sensibilidade como este. A juíza que proferiu a decisão enfatizou a necessidade de proteger Kate e Gerry McCann de mais tormentos, considerando a natureza persistente e perturbadora das ações de Wandelt. As ordens judiciais proíbem Wandelt de contatar diretamente os McCann, de comparecer perto de suas residências ou locais de trabalho, e de fazer declarações públicas ou privadas sobre eles ou sobre o desaparecimento de Madeleine que sejam falsas, difamatórias ou que constituam assédio.
Este desfecho legal lança uma sombra sobre as teorias e narrativas que exploraram a tragédia da família McCann. A persistência de indivíduos em espalhar desinformação ou em se apresentar como vítimas ou figuras centrais em casos de desaparecimento pode causar um impacto emocional devastador nos envolvidos. A condenação serve como um lembrete da importância da veracidade e da responsabilidade na cobertura e discussão de eventos sensíveis, além de reafirmar o direito das vítimas e de suas famílias à paz e à proteção contra assédio e difamação. A investigação sobre o paradeiro de Madeleine McCann continua sendo uma prioridade para as autoridades.