Mulher morre após consumir planta tóxica confundida com couve em Minas Gerais
Uma trágica ocorrência chocou a população de Minas Gerais após uma mulher ir a óbito em decorrência da ingestão de uma planta venenosa com características muito parecidas com a couve, um vegetal amplamente consumido no país. O incidente levantou um alerta sobre a importância de identificar corretamente os alimentos e plantas que chegam às mesas das famílias. A planta em questão, popularmente conhecida como “falsa couve” ou “orelha de elefante”, é na verdade uma espécie do gênero Xanthosoma, da família Araceae, cujas folhas contêm cristais de oxalato de cálcio. Estes cristais, quando ingeridos, causam irritação severa nas mucosas da boca, garganta e trato gastrointestinal, podendo levar a edemas, dificuldades respiratórias e, em casos extremos, à morte. A identificação botânica correta é crucial para evitar confusões. A couve verdadeira pertence ao gênero Brassica, da família Brassicaceae, e é completamente diferente em sua composição e segurança alimentar. A contaminação ocorreu em uma propriedade rural, onde as vítimas teriam colhido e preparado a planta tóxica acreditando ser couve. A rápida progressão dos sintomas em alguns dos intoxicados sugere a alta toxicidade da substância ingerida e a sensibilidade individual aos seus efeitos. Médicos e órgãos de saúde pública reiteram a necessidade de extrema cautela ao identificar e consumir plantas silvestres ou de procedência duvidosa, aconselhando a sempre confirmar a espécie com especialistas ou evitar o consumo caso haja qualquer incerteza. O caso serve como um doloroso lembrete dos perigos que podem estar ocultos na natureza e da importância do conhecimento para a segurança alimentar, especialmente em comunidades rurais que dependem diretamente do que é cultivado ou encontrado em seus arredores. A investigação sobre a origem exata da planta e a forma como ela se propagou na região afetada continua, visando prevenir futuros incidentes e educar a população sobre os riscos associados a plantas ornamentais ou silvestres que podem ser confundidas com comestíveis comuns. A família da vítima presta luto enquanto as autoridades de saúde monitoram os demais afetados, reforçando a importância de informações claras sobre identificação de plantas e práticas seguras de cultivo e consumo.