MTST protesta em shopping frequentado por Janja e cobra taxação de bilionários, bancos e apostas
O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) realizou um protesto no Shopping Leblon, no Rio de Janeiro, um local conhecido por ser frequentado pela primeira-dama Janja Lula da Silva, com o objetivo de pressionar o Congresso Nacional a avançar com a taxação de grandes fortunas, bancos e empresas de apostas esportivas. A ação, que faz parte de uma mobilização nacional de movimentos populares, visa direcionar a arrecadação para investimentos em políticas sociais e redução da desigualdade no país. Os manifestantes argumentam que a concentração de riqueza nas mãos de poucos é incompatível com um projeto de desenvolvimento justo e inclusivo.
A escolha do shopping, um símbolo de ostentação e consumo de luxo, buscava contrastar com a realidade de grande parte da população brasileira, que enfrenta dificuldades econômicas. O MTST e outros grupos ligados à esquerda têm defendido a taxação de grandes fortunas como uma medida urgente para aumentar a arrecadação pública e financiar áreas essenciais como saúde, educação e moradia. Essa demanda ressoa com debates globais sobre a necessidade de tributação mais progressiva para combater a concentração de renda.
A estratégia dos movimentos populares é também evitar que a pressão por medidas econômicas se generalize em desgastes para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ao direcionar as críticas para o Congresso, buscam um caminho que não prejudique a imagem do executivo, ao mesmo tempo em que pressionam por pautas caras à sua base de apoio. A articulação com outras entidades e a realização de atos em diferentes cidades reforçam o alcance e a seriedade das reivindicações.
Diferentes setores da sociedade têm debatido a urgência de reformas tributárias que tornem o sistema mais justo e eficiente. A taxação de apostas esportivas (bets), por exemplo, já foi sancionada, mas a discussão sobre a taxação de grandes fortunas e lucros de bancos permanece em pauta, encontrando resistência principalmente em setores mais conservadores do parlamento. Os movimentos sociais esperam que a visibilidade gerada por protestos como este contribua para pautar e aprovar essas medidas.