A manifestação, que contou com cerca de 70 participantes, percorreu a emblemática Avenida Paulista neste domingo, demonstrando o apoio de um segmento da população ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Os participantes expressaram descontentamento com o que consideram ser uma perseguição política ao ex-mandatário, citando particularmente a possibilidade de medidas cautelares por parte do judiciário, em especial decisões que possam advir do Ministro Alexandre de Moraes. A atmosfera do evento foi marcada por buzinas, bandeiras e cânticos em apoio a Bolsonaro, refletindo um sentimento de insatisfação com o atual cenário político brasileiro e uma forte mobilização de sua base de apoiadores. As motivações para a reunião foram amplamente divulgadas nas redes sociais por grupos ligados ao movimento bolsonarista, amplificando a mensagem de resistência e defesa do ex-presidente. O protesto surge em um contexto de crescente tensão política e jurídica envolvendo Jair Bolsonaro, que tem sido alvo de investigações em diversas frentes, incluindo a disseminação de desinformação e possíveis atos antidemocráticos. A postura de alguns tribunais e ministros, como o próprio Alexandre de Moraes, tem sido um ponto central de crítica por parte dos apoiadores de Bolsonaro, que os acusam de atuar de forma parcial e com viés político. Enquanto os organizadores e participantes viam a motocarreata como um ato legítimo de expressão e defesa da democracia, críticos apontam para o uso de protestos como forma de pressão política e questionam a pertinência de algumas das alegações de perseguição. O debate sobre a liberdade de expressão, os limites da crítica e o papel das instituições judiciais no atual cenário brasileiro continua aceso, com eventos como este servindo como termômetro do acirramento das divergências no país. A baixa adesão em comparação com eventos anteriores pode indicar uma possível diminuição da força mobilizatória do grupo ou simplesmente refletir a dificuldade em organizar grandes eventos em dias específicos. Contudo, o número de 70 pessoas demonstra que o grupo mantém sua capacidade de articulação e mobilização, mesmo que em menor escala. É importante ressaltar que a narrativa de perseguição política é um tema recorrente entre os apoiadores de Bolsonaro, que frequentemente questionam a legitimidade de processos instaurados contra o ex-presidente e seus aliados. Essas alegações são, por outro lado, refutadas pelas autoridades judiciais e por setores da sociedade que defendem a imparcialidade e a aplicação da lei a todos os cidadãos, independentemente do cargo ocupado. A tensão política subjacente a esses eventos evidencia a polarização do país e os desafios para a consolidação da democracia e do Estado de Direito.