Mosquitos Modificados Combatem Dengue: Soltura no DF Simboliza Avanço Tecnológico
O Distrito Federal (DF) está apostando em uma tecnologia inovadora para combaterAedes aegypti, vetor da dengue, zika e chikungunya. Milhões de mosquitos machos, geneticamente modificados pela Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation (CSIRO) da Austrália e conhecidos como “Wolbitos”, serão liberados em diversas regiões do DF. Estes mosquitos machos, quando cruzam com fêmeas selvagens, geram descendentes que não chegam à fase adulta, interrompendo o ciclo de vida do inseto e, consequentemente, reduzindo a transmissão das doenças. Esta estratégia representa um marco no controle de arboviroses, oferecendo uma alternativa promissora aos métodos tradicionais de controle, como o uso de inseticidas, que muitas vezes geram resistência e preocupações ambientais. A biofábrica inaugurada pelo GDF é um passo fundamental para a autossuficiência na produção destes mosquitos, garantindo uma oferta contínua e em larga escala para as operações de combate. A expansão desta tecnologia em outras cidades, como Blumenau, demonstra o reconhecimento da eficácia desta abordagem e o potencial de sua adoção nacionalmente. A participação da população, ao reportar focos de mosquito e colaborar com as ações de vigilância sanitária, continua sendo crucial para o sucesso desta e de outras iniciativas de controle de endemias, transformando a paisagem urbana em um campo de batalha biotecnológico contra doenças transmitidas por vetores. A expectativa é que a soltura massiva destes mosquitos machos modificados venha a reduzir significativamente a capacidade vetorial do Aedes aegypti no DF, aliviando a carga de doenças transmitidas por ele, e sirva de modelo para outras unidades federativas brasileiras na luta contra as arboviroses.