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Morre paciente com Peste Negra nos EUA; Entenda os riscos e se a doença pode chegar ao Brasil

Um homem residente no norte do Arizona, nos Estados Unidos, faleceu após contrair peste pneumônica, uma das formas mais agressivas da Peste Negra, a doença devastadora que assolou a Europa e a Ásia durante a Idade Média. O caso, que gerou preocupação e reavivou o conhecimento sobre esta antiga pandemia, levanta questões importantes sobre a persistência da bactéria Yersinia pestis em populações de roedores e seus transmissores, como as pulgas, em ambientes modernos. A doença, embora rara atualmente, demonstra que ainda representa uma ameaça à saúde pública em diversas regiões do mundo, especialmente em áreas onde a coexistência com animais que podem hospedar a bactéria é mais frequente. A mídia tem veiculado notícias sobre este óbito, destacando a gravidade da infecção e a necessidade de vigilância epidemiológica constante. A Peste Negra, conhecida historicamente por sua alta taxa de mortalidade e rápida disseminação, causou a morte de aproximadamente 75 a 200 milhões de pessoas na Europa, entre os séculos XIV e XVIII, contribuindo significativamente para transformações sociais e econômicas no continente. Causada pela bactéria Yersinia pestis, a doença se manifesta em diferentes formas: bubônica, septicêmica e pneumônica. A forma pneumônica, a mais severa e a que atingiu o paciente americano, é transmitida de pessoa para pessoa através de gotículas respiratórias, o que a torna particularmente perigosa em termos de contágio em ambientes fechados ou de aglomeração. Atualmente, surtos da doença continuam a ocorrer em diversas partes do mundo, afetando principalmente países na África, Ásia e Américas, com casos registrados em regiões como Madagascar, Congo e até mesmo nos Estados Unidos, onde a peste é endêmica em algumas áreas com populações de roedores selvagens. No entanto, a probabilidade de uma epidemia em larga escala como as vistas na Idade Média é considerada baixa devido aos avanços da medicina, como os antibióticos que tratam a doença de forma eficaz se diagnosticada precocemente, e às melhores condições sanitárias e de higiene. O sistema de saúde moderno e a vigilância epidemiológica são ferramentas cruciais para o controle de doenças infecciosas emergentes e reemergentes. No que diz respeito ao Brasil, a chegada da Peste Negra em um cenário epidêmico é considerada improvável pelas autoridades sanitárias e especialistas em doenças infecciosas. O país possui um sistema de vigilância robusto que monitora a entrada e disseminação de doenças, e as condições ambientais e socioeconômicas são distintas daquelas que propiciaram as grandes pandemias históricas. Embora a bactéria possa tecnicamente ser introduzida no país através de caravanas de animais ou pessoas infectadas, a rápida detecção e o tratamento disponível tornariam o controle da doença mais factível. A principal linha de preocupação no Brasil reside em outras doenças infecciosas com maior potencial de disseminação endêmica, como dengue e febre amarela, mas a atenção a qualquer novo agente etiológico permanece alta. O caso nos EUA serve como um lembrete da importância de se manter vigilante quanto a doenças infecciosas, mesmo aquelas consideradas do passado. A educação pública sobre prevenção, os cuidados com animais de estimação e domésticos, e a consciência sobre os sintomas de doenças transmitidas por vetores ou aerossóis são fundamentais. A comunicação clara e baseada em evidências científicas, disseminada pela mídia, é essencial para informar a população sem gerar pânico desnecessário, reforçando a confiança nas instituições de saúde e nas medidas de controle de doenças.