A morte de Odete Roitman em Vale Tudo, um dos maiores sucessos da Rede Globo, transcendeu a mera trama de uma novela para se tornar um fenômeno cultural. A cena final da personagem, interpretada magistralmente por Beatriz Segall, ostentava um suspense que capturou a atenção de milhões de telespectadores, gerando debates acalorados sobre quem seria o responsável pelo desfecho trágico. A autora Aguinaldo Silva e Ricardo Linhares foram os responsáveis por tecer essa intricada teia de mistério, apresentando diversos suspeitos e despistando o público até os momentos finais, evidenciando o poder da narrativa bem construída na televisão. A cena, em si, foi uma homenagem à própria atriz, reconhecendo o impacto singular de sua interpretação na construção da vilã mais lembrada do país. O suspense em torno de sua morte ecoou nas ruas e nas redações, com a imprensa especulando incessantemente sobre o desfecho, algo raramente visto na televisão brasileira, demonstrando o quão profundamente a personagem havia se enraizado no imaginário popular. A atmosfera criada em torno do mistério foi tão intensa que se tornou um marco na história das novelas, influenciando narrativas futuras e estabelecendo um novo patamar para o suspense televisivo no Brasil. A genialidade de colocar um ponto final tão impactante em uma personagem tão forte demonstrou a coragem e a ousadia da equipe de produção em apostar em um desfecho que virou a própria novela em seu clímax, culminando em uma cena que até hoje é reverenciada e estudada. A despedida de Odete Roitman foi, portanto, mais do que o fim de uma personagem; foi o encerramento de um capítulo marcante na história da televisão brasileira, um tributo à arte de contar histórias e à performance inesquecível de Beatriz Segall, cuja atuação eternizou a vilã no panteão das personagens mais memoráveis da teledramaturgia mundial, superando até mesmo as expectativas de vendas de jornais e audiência de programas de televisão devido ao intenso debate nacional sobre o assassinato da magnata Odete Roitman.