Morre Sady Baby, diretor de pornochanchadas e personalidade da Boca do Lixo, aos 71 anos
Sady Baby, nome artístico de Sérgio Roberto de Andrade, uma figura marcante no universo do cinema adulto brasileiro e um dos expoentes da Boca do Lixo em São Paulo, faleceu aos 71 anos. A causa da morte foi um grave acidente de carro ocorrido em Santa Catarina. Sady Baby deixou um legado expressivo na produção de filmes para maiores, explorando o gênero pornochanchada que teve seu auge nas décadas de 1970 e 1980, e posteriormente migrou para a indústria de filmes adultos. Sua carreira se estendeu por décadas, marcando presença tanto como ator quanto como diretor, o que lhe conferiu uma posição de destaque em um nicho particular do cinema nacional. A notícia de seu falecimento foi confirmada por diversos veículos de comunicação, que destacaram sua trajetória artística e a perda para o cinema adulto brasileiro. O artista também teve passagens pela televisão, incluindo uma participação no programa infantil Bozo, o que demonstra uma versatilidade que ia além de suas produções mais conhecidas. Essa dualidade em sua carreira é um dos aspectos que chamam atenção em sua biografia, mostrando um artista que transitava por diferentes esferas do entretenimento. A Boca do Lixo, contextualizando, foi um polo de produção cinematográfica independente em São Paulo, notabilizada pela ousadia e pela capacidade de criar filmes com baixo orçamento que atingiam grande público, especialmente no gênero erótico e de ação, mas também com dramas e comédias. Sady Baby foi um dos nomes que ajudaram a consolidar essa identidade, produzindo e dirigindo dezenas de títulos que se tornaram cultuados dentro de sua categoria. Sua morte representa o fim de uma era para muitos fãs e para a história desse tipo de cinema no Brasil, deixando um vazio na produção que o caracterizava e na memória de quem acompanhou sua obra. O acidente que o vitimou ocorreu na rodovia SC-445, na cidade de Içara, no sul de Santa Catarina, quando seu carro colidiu com uma carreta na madrugada de terça-feira. Sady Baby deixa esposa e filhos, e seu impacto na indústria cinematográfica adulta do país é inegável, com filmes que por muitos anos foram referências para o público interessado nesse gênero específico do entretenimento. A notícia de sua morte repercutiu nas redes sociais e em portais de notícia, com homenagens de colegas de profissão e admiradores que relembram sua contribuição para o cinema brasileiro, especialmente para o cinema erótico e para a história da Boca do Lixo, um movimento cinematográfico que marcou época no país pela sua irreverência e criatividade diante das limitações de produção. Sua obra continua a ser acessível e lembrada, mantendo viva sua participação no panorama cultural e cinematográfico do Brasil, mesmo que em um segmento específico. O legado de Sady Baby é um testemunho da diversidade e da capacidade de reinvenção dentro da indústria do entretenimento, mostrando que mesmo em nichos menos convencionais, artistas podem construir carreiras sólidas e deixar suas marcas. Aos 71 anos, encerra-se a vida de um produtor que ousou e experimentou, contribuindo para a história de um cinema que, para muitos, é sinônimo de liberdade expressiva e de um tipo de arte que desafiou tabus sociais e estéticos. Seu nome, Sady Baby, evoca uma persona no imaginário popular ligada a um cinema que, apesar das controvérsias, teve seu espaço e seu público fiel ao longo de várias décadas, refletindo aspectos da cultura e do comportamento de diferentes épocas no Brasil.