Morre Bira Presidente, o mestre por trás do Fundo de Quintal e Cacique de Ramos
O mundo do samba lamenta a partida de Ubirany Félix do Nascimento, mais conhecido como Bira Presidente, aos 88 anos. Reconhecido como um dos pilares do samba carioca, Bira foi um dos fundadores do icônico grupo Fundo de Quintal e teve um papel fundamental na criação do Cacique de Ramos, espaços que se tornaram verdadeiros berços para grandes nomes da música brasileira e celeiros de talentos no samba e pagode. Sua ausência será profundamente sentida pela comunidade artística e pelos milhões de fãs que acompanharam sua trajetória de sucesso. A influência de Bira Presidente no samba vai muito além da sua atuação como músico e fundador. O Fundo de Quintal, sob sua liderança e ao lado de outros grandes como Jorge Aragão e Arlindo Cruz, revolucionou o pagode com a introdução de instrumentos como o banjo e o tantã, ditando novas tendências e ritmos que se espalharam por todo o Brasil. Esse legado musical é um testemunho de sua visão e paixão pela música, que se perpetuará através de suas obras e da inspiração que deixou para futuras gerações de sambistas. O Cacique de Ramos, por sua vez, idealizado por Bira e outros amigos, não é apenas um bloco carnavalesco; é um reduto cultural que acolheu e impulsionou a carreira de inúmeros artistas, tornando-se um palco de celebração da cultura afro-brasileira e um ponto de encontro obrigatório para os amantes do samba. A Roda de Samba do Cacique de Ramos é lendária, e por lá passaram e continuam passando grandes nomes do samba, mantendo viva a chama da tradição e da inovação que Bira Presidente tanto prezava. A notícia de seu falecimento mobilizou diversos artistas e personalidades, que prestaram homenagens nas redes sociais, ressaltando a importância de Bira Presidente para a cultura brasileira. Sua dedicação ao samba, a simplicidade de seu sorriso e o talento de suas composições deixam uma memória indelével e reforçam seu status como um verdadeiro gigante da música popular brasileira. Bira Presidente não apenas fez parte da história do samba; ele ajudou a escrevê-la, tornando-se um símbolo de resistência, alegria e originalidade.