Amilcar Tanuri, um nome de destaque na comunidade científica brasileira, faleceu aos 67 anos. Conhecido por sua atuação incansável em pesquisas sobre vírus, Tanuri dedicou grande parte de sua carreira ao estudo do HIV, vírus causador da Aids, e mais recentemente à Covid-19. Sua partida representa uma perda inestimável para a virologia e para a saúde pública do país, que se beneficiava de seu conhecimento e experiência para enfrentar epidemias e pandemias. As pesquisas de Tanuri sobre a diversidade genética do HIV no Brasil foram fundamentais para o desenvolvimento de estratégias de prevenção e tratamento mais eficazes, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida de milhares de pessoas vivendo com o vírus. Sua trajetória acadêmica foi marcada por uma profunda dedicação ao ensino e à formação de novos pesquisadores, atuando como professor em importantes instituições de ensino superior. A capacidade de Tanuri de traduzir o complexo mundo da virologia para um público mais amplo, muitas vezes participando de debates públicos e prestando assessoria a órgãos governamentais, foi crucial para a disseminação de informações científicas confiáveis em momentos de crise sanitária. Sua atuação durante a pandemia de Covid-19, alertando sobre a importância da vacinação e das medidas de proteção, demonstrou seu compromisso contínuo com a saúde coletiva. Além de seu trabalho com o HIV e a Covid-19, Amilcar Tanuri também contribuiu significativamente para a compreensão de outros vírus que representam desafios para a saúde pública, como o Zika vírus. Durante o surto de Zika no Brasil, suas pesquisas ajudaram a elucidar aspectos da transmissão e dos efeitos do vírus, incluindo sua associação com microcefalia em recém-nascidos. Essa versatilidade e profundidade em diferentes áreas da virologia solidificaram sua reputação como um cientista de referência, cujas descobertas tiveram impacto direto na vida de muitas pessoas. O legado de Amilcar Tanuri transcende suas publicações científicas e descobertas. Ele deixa um exemplo de dedicação à ciência, de ética profissional e de um profundo senso de responsabilidade social. A comunidade científica e a sociedade brasileira lamentam sua perda, mas celebram a memória de um pesquisador que dedicou sua vida à busca por soluções para os grandes desafios impostos pelos microrganismos, e cujo trabalho continuará a inspirar e a beneficiar as gerações futuras no combate a doenças virais.