O ministro dos Transportes da Rússia, Vitaly Saveliev, foi encontrado morto em sua residência em Moscou, gerando especulações e apreensão no cenário político russo. A descoberta ocorreu apenas algumas horas após sua demissão oficial por parte do presidente Vladimir Putin. Embora as causas imediatas da morte ainda sejam desconhecidas e estejam sob investigação pelas autoridades russas, a proximidade temporal com o ato de demissão levanta sérias questões e alimentou um coro de rumores nos círculos políticos e midiáticos. Saveliev ocupava a pasta de Transportes desde 2020, um período marcado por desafios significativos na infraestrutura e logística do país, especialmente no contexto das sanções internacionais e do conflito na Ucrânia. Sua gestão foi frequentemente criticada por ineficiências e pela falta de modernização em setores chave como o ferroviário e o aéreo. A pressão sobre os ministros russos tem sido intensa, e a responsabilização por falhas operacionais ou estratégicas é uma característica marcante do governo de Putin. A exoneração de Saveliev, segundo algumas fontes, estaria ligada a problemas na cadeia de suprimentos e no transporte de materiais essenciais para o esforço de guerra, bem como a falhas na segurança das fronteiras e infraestruturas críticas, que teriam sido exacerbadas por ataques ucranianos de drones. Esses ataques, que visaram alvos estratégicos na Rússia, aumentaram a atenção sobre a capacidade do governo em proteger seus ativos e garantir a continuidade das operações vitais do país. A demissão de um ministro de alto escalão em circunstâncias tão delicadas, e sua subsequente morte, intensificam a crise de confiança e a instabilidade interna que já permeiam o regime russo. A situação de Saveliev pode ser vista como um reflexo da severidade com que Putin lida com as falhas de seus subordinados, especialmente em tempos de guerra ou crise, onde a lealdade e a competência são cobradas com rigor implacável. A investigação em curso buscará esclarecer se a morte foi acidental, voluntária ou criminosa, mas o clima de desconfiança e a história recente de mortes de figuras públicas russas sob circunstâncias questionáveis já pintam um cenário preocupante.