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Gaviões da Fiel são proibidas de frequentar estádios até 2026; Corinthians manifesta repúdio à decisão

O Ministério Público do Estado de São Paulo definiu nesta segunda-feira (15) pela manutenção da punição imposta à Gaviões da Fiel, a principal torcida organizada do Sport Club Corinthians Paulista. A decisão veta a presença de seus membros nos estádios de futebol até o final de 2026, o que impactará diretamente o acompanhamento do clube por parte de seus torcedores mais engajados. A Federação Paulista de Futebol, por sua vez, acatou a solicitação, oficializando o cumprimento da restrição. Este é o segundo ano consecutivo que a torcida organizada sofre uma severa restrição, após os incidentes ocorridos no ano passado que levaram a esta determinação. A medida visa coibir a violência e os atos de indisciplina que envolvem membros de torcidas organizadas no esporte.

Diante da prolongada suspensão, o Sport Club Corinthians Paulista manifestou, em nota oficial, seu repúdio à decisão do Ministério Público. O clube considera a medida desproporcional e espera, inclusive, conseguir reverter ou mitigar seus efeitos antes de jogos cruciais, como os de semifinais. A diretoria corintiana argumenta que a proibição afeta um grande número de torcedores que, em sua maioria, não estão diretamente envolvidos em atos de vandalismo ou violência. A esperança é que, por meio de diálogo e apresentação de mecanismos de controle e identificação, seja possível alcançar um acordo para que a Gaviões da Fiel possa retornar gradualmente aos estádios, sob novas condições.

A justificativa oficial para a manutenção da punição reside nos incidentes passados, que incluiram confrontos com torcedores rivais e outras infrações aos regulamentos de segurança e disciplina esportiva. O Ministério Público tem como papel a promoção da ordem pública e a garantia de um ambiente seguro para todos os frequentadores dos eventos esportivos. A continuidade da proibição sinaliza que os órgãos competentes consideram que os motivos que levaram à sanção original ainda persistem, ou que as medidas corretivas implementadas pela torcida organizada não foram suficientes para garantir o cumprimento das normas.

O impacto dessa decisão vai além do cerceamento do direito de torcer, afetando também a atmosfera dos jogos e, potencialmente, as finanças dos clubes, que contam com o engajamento das torcidas organizadas para a venda de produtos e para a criação de um ambiente vibrante. A expectativa agora recai sobre as negociações que o Corinthians poderá estabelecer com o Ministério Público e a Federação Paulista, na tentativa de buscar uma solução que concilie a segurança e a ordem com o direito de apoio das torcidas organizadas ao seu time, ponderando a importância de indivíduos específicos e da coletividade de torcedores no futebol brasileiro. O clube ainda visa derrubar a punição antes da semifinal da Copa do Brasil.