A recente decisão do presidente argentino, Javier Milei, de autorizar a presença de militares dos Estados Unidos em solo argentino para a realização de exercícios conjuntos em três bases navais tem gerado um intenso debate nacional e internacional. O decreto, denominado ‘Operação Tridente’, visa intensificar a cooperação militar entre os dois países, sob a justificativa de fortalecer a interoperabilidade e a capacidade de resposta em cenários de segurança compartilhados. No entanto, a medida levanta preocupações significativas sobre a soberania argentina e a possível influência de potências estrangeiras em questões de defesa e segurança interna. A oposição política e setores da sociedade civil expressaram apreensão, argumentando que tal acordo pode comprometer a autonomia estratégica do país e abrir precedentes perigosos para futuras delegações de soberania. Essa autorização específica para exercícios em bases navais, como as de Puerto Belgrano, Mar del Plata e Ushuaia, assume particular relevância devido à importância geoestratégica dessas localizações.