Metalúrgicos da Embraer em São José dos Campos deflagraram greve por tempo indeterminado nesta terça-feira. A paralisação, aprovada em assembleia, visa pressionar a empresa a conceder um aumento real salarial e garantir direitos sindicais. Os trabalhadores reivindicam uma reposição da inflação com ganho real, além de melhores condições de trabalho e o cumprimento de acordos previamente estabelecidos entre o sindicato e a companhia. A mobilização afeta as unidades da empresa na cidade, principal polo de produção da fabricante de aeronaves.

Diante do movimento grevista, a Embraer emitiu comunicado informando que as fábricas operam normalmente, com a maioria dos funcionários mantendo suas atividades produtivas. A empresa declarou estar aberta ao diálogo e buscando um entendimento com os representantes dos trabalhadores para chegar a um acordo que contemple as necessidades de ambas as partes. A expectativa é que as negociações avancem nas próximas horas para evitar um longo período de paralisação, que poderia impactar a produção e os prazos de entrega.

A ação da Embraer (EMBR3) registrou queda na bolsa de valores após o anúncio da greve. Contudo, analistas de mercado avaliam que o movimento pode ser de curta duração, dada a importância estratégica da empresa e a histórica capacidade de negociação entre o sindicato e a companhia. A percepção é que a Embraer tomará as medidas necessárias para solucionar o impasse rapidamente, minimizando os efeitos da paralisação na sua operação e resultados financeiros.

O sindicato dos metalúrgicos de São José dos Campos reiterou o compromisso dos trabalhadores com a causa e reforçou que a greve continuará até que as demandas sejam atendidas. A categoria busca assegurar que seus direitos sejam respeitados e que o poder de compra do salário seja preservado diante do cenário inflacionário. O desenrolar da greve será acompanhado de perto pelo mercado financeiro e pela indústria aeronáutica, dado o papel central da Embraer no setor globalmente.