A semana se inicia com um sentimento de otimismo nos mercados globais, impulsionado por dados econômicos surpreendentemente fortes vindos da China. O Produto Interno Bruto (PIB) chinês apresentou um crescimento acima das expectativas, sinalizando uma recuperação mais sólida do que analistas previam. Essa melhora econômica, combinada com um alívio nas tensões geopolíticas entre os Estados Unidos e a China, tem levado as bolsas globais a operarem em alta. O dragão asiático, com sua vasta economia, quando demonstra vigor, tende a irradiar confiança aos investidores internacionalmente, impactando diretamente fluxos de capital e o apetite por risco. O boletim Focus, principal termômetro das expectativas do mercado financeiro brasileiro, reforça o cenário de atenção. Apesar do otimismo externo, o cenário doméstico ainda carrega incertezas significativas relacionadas à política fiscal. A trajetória da dívida pública e a capacidade do governo em cumprir metas fiscais continuam sendo pontos de vigilância para os investidores. A balança comercial brasileira também se insere nesse contexto, com resultados que, quando positivos, oferecem um certo respiro, mas que não são suficientes para diluir completamente as preocupações estruturais. A expectativa é que o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, tente acompanhar a tendência de alta das bolsas internacionais, mas a volatilidade deve permanecer elevada. No âmbito internacional, além dos fatores já mencionados, as decisões iminentes do Federal Reserve (o banco central dos EUA) quanto à taxa de juros estão no radar de todos os mercados. Qualquer sinalização sobre novos aumentos ou pausas nas elevações pode gerar flutuações significativas não só nos mercados americanos, mas em todo o globo, influenciando o fluxo de investimentos para economias emergentes como a do Brasil. A conjunção desses fatores econômicos e geopolíticos moldará o comportamento dos ativos financeiros nos próximos dias.