A menopausa, um marco biológico na vida de todas as mulheres, é frequentemente cercada por mitos e desinformação, levando muitas a terem seus sintomas minimizados como um mero exagero. Estudos e relatos recentes evidenciam que uma parcela significativa da população feminina já vivenciou essa desvalorização, o que ressalta a urgência de se discutir abertamente o climatério e suas manifestações. É fundamental compreender que as mudanças físicas e emocionais experimentadas nesse período são reais e impactam diretamente a qualidade de vida, demandando atenção médica e social adequada. A menopausa não é uma doença, mas uma transição natural que necessita de suporte e informação de qualidade para ser vivenciada da melhor forma possível. A iniciativa de personalidades como a jornalista Maria Cândida em promover movimentos pela longevidade feminina em São Paulo é um passo vital nessa direção. Ao trazer o debate para o centro das discussões, focar em longevidade e enquadrar a menopausa como uma questão de saúde pública, ela abre caminho para políticas e programas mais eficazes de suporte à mulher madura. Essa abordagem eleva o tema de uma questão individual e privada para uma responsabilidade coletiva, incentivando a pesquisa, o desenvolvimento de tratamentos e a criação de redes de apoio que considerem as diversas necessidades das mulheres nessa fase da vida. As transformações na pele durante a menopausa são um dos temas mais comentados, gerando dúvidas e a disseminação de informações incorretas. É crucial desmistificar aspectos como a elasticidade, o surgimento de rugas e a sensibilidade da pele. Enquanto alguns sinais são inevitáveis devido às alterações hormonais, como a diminuição do colágeno, outros podem ser gerenciados com cuidados adequados. Entender a diferença entre mitos e verdades permite que as mulheres adotem rotinas de skincare mais eficazes e realistas, preservando a saúde e a aparência da pele. Além das clássicas ondas de calor, a menopausa pode se manifestar de inúmeras outras formas, muitas vezes sutis e pouco reconhecidas. Sintomas como alterações de humor, fadiga, dificuldade de concentração, dores articulares, ressecamento vaginal, alterações no sono e até mesmo um aumento do risco de certas doenças, como a osteoporose e problemas cardiovasculares, são comuns. O reconhecimento precoce desses sinais é essencial para que a mulher possa buscar orientação médica e iniciar intervenções que aliviem o desconforto e previnam complicações futuras. Cuidar da saúde e da alimentação na menopausa envolve uma abordagem multifacetada. Isso inclui a manutenção de uma dieta equilibrada, rica em cálcio e vitamina D para a saúde óssea, e a prática regular de exercícios físicos para o bem-estar cardiovascular e muscular. Outras dicas importantes são: gerenciar o estresse através de técnicas de relaxamento, garantir um sono reparador e realizar check-ups médicos periódicos. A busca por informação confiável, como a oferecida por profissionais de saúde e fontes credíveis, empodera as mulheres a tomarem decisões conscientes sobre seu bem-estar durante essa importante fase de transição.