Meningite se espalha e preocupa autoridades: Porto Velho registra morte e aumenta vigilância em 2025; outros municípios reforçam vacinação
A cidade de Porto Velho confirmou um novo óbito por meningite em 2025, elevando para seis o número total de casos registrados neste ano. Este aumento preocupante tem levado as autoridades de saúde a intensificar as medidas de vigilância epidemiológica e a reforçar a importância da vacinação como principal ferramenta de prevenção contra a doença. A meningite, uma inflamação das membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal é causada por diversos tipos de microrganismos, incluindo bactérias, vírus e fungos, e pode evoluir rapidamente para quadros graves e até fatais se não tratada a tempo.A resposta rápida e eficaz do sistema de saúde é crucial, e a vacinação tem se mostrado um pilar fundamental nesse combate. Novas vacinas estão sendo incorporadas ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) do SUS, como a meningocócica ACWY, que oferece proteção contra quatro tipos de meningococos (A, C, W e Y), os mais comuns no Brasil e com potencial para causar surtos. A estratégia de ampliação da cobertura vacinal visa não apenas proteger indivíduos, mas também criar a chamada imunidade de rebanho, dificultando a circulação do agente causador da doença na população.É nesse contexto que cidades como Várzea Grande, no Mato Grosso, têm ampliado o acesso à vacina contra meningite, especificamente a ACWY, para sua população. Paralelamente, municípios da Serra Gaúcha estão se adaptando a alterações promovidas no calendário vacinal, com o objetivo de expandir a prevenção contra a meningite até o ano de 2030. Essas medidas refletem um esforço coordenado para aumentar a resiliência das comunidades frente a potenciais ameaças à saúde pública, garantindo que um número cada vez maior de pessoas esteja protegido contra as formas mais graves e letais da doença.Especialistas em saúde pública e infectologia reiteram que a adesão aos calendários de vacinação é indispensável. A meningite bacteriana, em particular, pode ter consequências devastadoras, incluindo sequelas neurológicas permanentes, como surdez, deficiência intelectual e paralisia. A prevenção através da vacinação não apenas salva vidas, como também contribui para a redução significativa dos custos de saúde associados ao tratamento de casos graves e ao manejo de suas sequelas a longo prazo, sendo um investimento essencial na saúde e bem-estar da população.