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MEIs respondem por déficit futuro de R$ 711 bi na Previdência, mostra estudo

Um estudo recente divulgado pela Folha de S.Paulo lançou luz sobre um tema de crescente preocupação para a sustentabilidade do sistema previdenciário brasileiro: o impacto dos Microempreendedores Individuais (MEIs). De acordo com a pesquisa, a categoria responde por um déficit futuro estimado em R$ 711 bilhões, um valor significativo que exige atenção e possíveis ajustes nas políticas públicas. Essa projeção considera a dinâmica de contribuição e os benefícios esperados para essa parcela da força de trabalho ao longo dos próximos anos, destacando um descompasso entre o que é arrecadado e o que será pago em aposentadorias e pensões. A formalização do MEI, embora tenha trazido benefícios em termos de cidadania e acesso a direitos, apresenta um modelo contributivo que, isoladamente, não consegue cobrir integralmente os custos futuros para o sistema público. A pesquisa analisou um período de 50 anos, projetando os fluxos de caixa entre contribuições e despesas previdenciárias especificamente para esta modalidade de trabalho. O resultado é um alerta para a necessidade de repensar a sustentabilidade do sistema diante de um número crescente de trabalhadores optando por se formalizar como MEI, muitas vezes impulsionados pela desburocratização e alíquotas reduzidas de impostos, mas que recebem, em contrapartida, benefícios previdenciários limitados em muitos casos.