Banco Master x BACEN: O Fim dos CDBs e o Futuro do FIAT
A decisão do Banco Central (BC) de vetar a operação de venda do Banco Master ao BRB emitiu ondas de choque no mercado financeiro, impactando diretamente a emissão de Certificados de Depósito Bancário (CDBs) por parte da instituição. A fundamental razão por trás dessa intervenção reside na avaliação do BC sobre os riscos de sucessão e a potencial incompatibilidade com a condução da política monetária, elementos que merecem uma análise aprofundada. O BC, em sua função de zelador da estabilidade financeira, age preventivamente para mitigar riscos sistêmicos e garantir a saúde do sistema bancário, e nesse contexto, a falta de clareza na sucessão de uma instituição financeira pode gerar instabilidade e incerteza, justificando um veto rigoroso. Essa medida, apesar de necessária sob a ótica regulatória, deixa um vácuo no mercado de CDBs, especialmente para aqueles investidores que buscavam alocar seus recursos em títulos com taxas de juros mais elevadas, frequentemente encontradas no mercado secundário após o socorro do Fundo Garantidor de Créditos (FGC).