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Marinho Anuncia Fim da Escala 6×1 como Prioridade do Governo Lula

O Ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, declarou que o fim da escala de trabalho 6×1 é uma das novas bandeiras do governo Lula. A jornada, que prevê seis dias de trabalho para um de descanso, é amplamente criticada por especialistas e trabalhadores por seu impacto negativo na saúde física e mental, além de dificultar o convívio familiar e social. Marinho classificou a escala como ‘perversa’ e defende sua revisão com urgência, alinhando-se a um movimento global por jornadas de trabalho mais humanas e produtivas. A proposta não visa uma imposição legal imediata, mas sim iniciar um diálogo com setores produtivos e trabalhadores para encontrar saídas que beneficiem ambas as partes. A discussão sobre a jornada de trabalho tem ganhado força nos últimos anos, impulsionada por estudos que demonstram os benefícios de jornadas mais curtas para a produtividade e o bem-estar dos funcionários. Diversos países já implementaram ou estão testando modelos de quatro dias de trabalho, com resultados promissores em termos de redução do estresse, aumento da satisfação e, em muitos casos, manutenção ou até mesmo elevação da produção. No Brasil, a escala 6×1 é comum em setores como varejo e serviços, onde a necessidade de cobertura contínua muitas vezes leva à adoção desse regime. A busca por um modelo mais sustentável é um desafio complexo que envolve negociações e adaptações. Erika Hilton, que também comentou o assunto, indicou que a sugestão está sendo ouvida em todos os ministérios, sinalizando uma abordagem articulada dentro da administração federal para debater e eventualmente propor alternativas. O objetivo é não apenas abolir a escala 6×1, mas também buscar a redução da jornada máxima de trabalho, uma demanda histórica dos movimentos sindicais e de trabalhadores. A construção de um consenso passa por entender as especificidades de cada setor e os impactos econômicos e sociais de mudanças significativas na legislação trabalhista. O ministro Marinho ressaltou que, sem uma legislação clara que determine o fim ou a regulamentação rigorosa da escala 6×1, a transição para um modelo mais justo pode ser lenta e incerta, dependendo da boa vontade das empresas. Por isso, a discussão no âmbito governamental e legislativo é fundamental para garantir que a mudança ocorra de forma efetiva e equitativa. A pauta se insere em um contexto mais amplo de discussões sobre o futuro do trabalho, marcado pela automação, pelas novas tecnologias e pela crescente valorização do equilíbrio entre vida profissional e pessoal.