Marcelo Faria relata dor intensa de herpes-zóster e debate sobre vacinação no SUS
O ator Marcelo Faria trouxe à tona a sua experiência pessoal com o herpes-zóster, uma doença viral que se manifesta com dor intensa e erupção cutânea. Em suas declarações, Faria descreveu o diagnóstico como um evento marcante e particularmente doloroso, evidenciando o impacto físico e emocional que a condição pode causar. Essa exposição pública de um artista conhecido serve como um alerta para a gravidade da doença e a importância de discussões sobre prevenção e tratamento. A dor associada ao herpes-zóster é frequentemente descrita como uma das piores sensações que um ser humano pode experimentar, comparável a choques elétricos ou queimaduras, e pode persistir mesmo após o desaparecimento das lesões cutâneas, uma condição conhecida como neuralgia pós-herpética. O vírus responsável é o mesmo da catapora (varicela), que, após a infecção inicial, permanece latente nos gânglios nervosos e pode ser reativado anos depois, frequentemente em indivíduos com sistema imunológico enfraquecido, como idosos ou pessoas com doenças crônicas. O caso de Marcelo Faria reitera a necessidade de conscientização sobre os riscos e a importância da busca por orientação médica ao surgirem os primeiros sintomas, como formigamento, hipersensibilidade ou dor em uma área específica do corpo, seguida pelo aparecimento das bolhas características. A discussão sobre a inclusão da vacina contra o herpes-zóster no calendário do Sistema Único de Saúde (SUS) ganha força em meio a relatos como o do ator. Uma consulta pública foi aberta para debater a possibilidade de adicionar essa vacina, visando ampliar o acesso à prevenção, especialmente para grupos de risco, como idosos e imunocomprometidos. A vacina contra o herpes-zóster não só reduz significativamente o risco de contrair a doença, mas também diminui a probabilidade de desenvolver a dolorosa neuralgia pós-herpética. A sua disponibilidade através do SUS representaria um avanço importante na saúde pública brasileira, permitindo a uma parcela maior da população se proteger contra as complicações do herpes-zóster. A ciência tem avançado no desenvolvimento de estratégias para combater doenças virais e bacterianas, e a vacinação tem se mostrado uma das ferramentas mais eficazes e custo-efetivas para a prevenção de enfermidades infecciosas. A inclusão da vacina contra o herpes-zóster no SUS seria um passo estratégico para a promoção da saúde e bem-estar da população, especialmente daquela mais vulnerável aos efeitos mais graves da doença. Estudos indicam que a vacinação pode prevenir a maioria dos casos de herpes-zóster e reduzir a gravidade e a duração da dor em casos onde a doença ainda se manifesta, tornando-a uma medida de saúde pública de grande valor.