Carregando agora

Manifestante de esquerda expulso de ato bolsonarista em SP; ato reúne mais de 12 mil pessoas

Um ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro na Avenida Paulista, em São Paulo, reuniu um público estimado em 12,4 mil pessoas, de acordo com metodologia da USP. O evento contou com a participação do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que foi destacado em meio a uma imagem de Bolsonaro descrita como “frágil e cansado” por um professor. A manifestação, no entanto, também foi palco de um incidente pontual quando um manifestante de esquerda foi identificado e expulso do local, demonstrando a polarização política presente no país. Os organizadores do evento buscaram justificar o número de participantes mesmo diante de críticas sobre um suposto “fracasso” em mobilizar multidões, atribuindo a menor presença em comparação a eventos anteriores ao jogo do Flamengo e ao fim do mês, período de menor poder aquisitivo para boa parte da população. Os discursos proferidos no ato abordaram temas como áudios do STF, críticas internas ao movimento com o termo “direita prostituta” e estabeleceram metas para a eleição de 2026, evidenciando os desafios e as fissuras dentro do campo político conservador. O evento serviu como termômetro para as intenções políticas futuras e para a capacidade de mobilização da base bolsonarista, em um cenário nacional ainda marcado por intensos debates e divisões ideológicas. Há uma clara estratégia em pauta para as próximas eleições, onde o ex-presidente busca consolidar seu eleitorado e apresentar alternativas de discurso para reconquistar espaços políticos, embora enfrentando críticas e a necessidade de lidar com divisões internas que podem comprometer seus objetivos. Além disso, a presença de Tarcísio de Freitas sublinha a tentativa de renovação e a busca por novas lideranças no cenário da direita brasileira, que busca se reorganizar após um período de intensas turbulências políticas e institucionais, com foco em estratégias de comunicação e mobilização que visam engajar tanto a base fiel quanto novos eleitores em potencial para os próximos pleitos. A forma como esses grupos se articulam e a capacidade de superar divisões internas serão cruciais para o futuro do espectro político conservador no Brasil, que se encontra em constante transformação diante dos novos desafios e oportunidades.