Mamografia a partir dos 40 anos: Especialista destaca importância da nova recomendação do Ministério da Saúde
A recente recomendação do Ministério da Saúde para que a mamografia seja realizada a partir dos 40 anos no Sistema Único de Saúde (SUS) representa um marco significativo na luta contra o câncer de mama. Especialistas em oncologia celebram essa atualização, considerando-a um avanço fundamental na prevenção e detecção precoce da doença, o que pode salvar inúmeras vidas. A medida visa ampliar o acesso ao rastreamento, antes focado em mulheres de 50 a 74 anos, e alinhar o Brasil a diretrizes internacionais mais recentes, que reconhecem a importância de iniciar o acompanhamento em idades mais jovens. É importante ressaltar que o câncer de mama, quando detectado em seus estágios iniciais, apresenta taxas de cura elevadíssimas e permite tratamentos menos agressivos, com maior qualidade de vida para as pacientes. A decisão do Ministério da Saúde reflete um aprofundamento nas evidências científicas que apontam para um aumento na incidência da doença em faixas etárias mais jovens nas últimas décadas, bem como a agressividade de alguns subtipos de tumores que acometem estas mulheres. A mamografia é o principal método de rastreamento capaz de identificar lesões suspeitas antes mesmo de serem palpáveis, sendo um exame de baixo custo e alta eficácia quando realizado regularmente. A ampliação do rastreamento a partir dos 40 anos não apenas democratiza o acesso à saúde preventiva, mas também estimula uma cultura de autocuidado e responsabilidade com a própria saúde, incentivando que as mulheres conheçam seus corpos e criem o hábito de realizar exames preventivos como parte de sua rotina. Além da mamografia, um estilo de vida saudável, com alimentação equilibrada, prática regular de exercícios físicos, controle de peso e, sempre que possível, a amamentação, são fatores coadjuvantes importantes na redução do risco. É crucial que a informação sobre essa nova diretriz chegue a todas as mulheres, especialmente aquelas em situação de vulnerabilidade social e econômica, garantindo que todas as brasileiras possam se beneficiar dessa importante política de saúde pública. O trabalho em conjunto da sociedade civil, profissionais de saúde e órgãos governamentais será essencial para o sucesso dessa iniciativa, que tem o potencial de transformar o cenário do câncer de mama no Brasil.