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Mais Médicos: EUA afirmam que programa foi golpe diplomático e criticam gestão

A recente declaração da embaixada dos Estados Unidos no Brasil, classificando o programa Mais Médicos como um “golpe diplomático”, reacendeu o debate sobre a iniciativa de intercâmbio de profissionais de saúde. Segundo a representação americana, o programa teria sido utilizado como ferramenta para fins políticos, distorcendo a realidade e o propósito original de cooperação internacional. Essa postura levanta questões sobre a transparência e os objetivos ocultos por trás de acordos bilaterais em áreas tão sensíveis quanto a saúde pública e a formação de profissionais.

Adicionalmente, a notícia de que o visto do Ministro da Casa Civil, Rui Costa Padilha, para os Estados Unidos está vencido há meses, como noticiado pelo G1, adiciona uma camada de complexidade às relações diplomáticas. Essa informação, aliada às declarações de Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, de que Padilha e a ex-presidente Dilma Rousseff poderiam ser alvo de sanções americanas, conforme divulgado pela CNN Brasil, sugere um possível endurecimento das relações entre Brasil e Estados Unidos em determinados setores.

O programa Mais Médicos, que inicialmente visava suprir a carência de médicos em regiões remotas e periféricas do Brasil, utilizando profissionais cubanos, tem sido alvo de controvérsias desde sua criação. A classificação de “golpe diplomático” pela embaixada americana agora adiciona uma nova perspectiva crítica, sugerindo que as relações estabelecidas através do programa podem ter servido a interesses que vão além da cooperação humanitária e da saúde.

A repercussão nas redes sociais não demorou a acontecer, com o termo “Mais Médicos” figurando entre os assuntos mais comentados no X (anteriormente Twitter), conforme apontado pela Folha de S.Paulo. A Gazeta do Povo, por sua vez, interpretou a ação americana como uma forma de “ajudar a recordar a verdade sobre o Mais Médicos”, indicando que a crítica dos EUA pode expor falhas na gestão e na condução do programa, reforçando narrativas que já questionavam sua execução e legitimidade.