Maduro reage a recompensa de US$ 50 milhões dos EUA e alerta sobre fim do império americano
O governo dos Estados Unidos anunciou uma recompensa de até US$ 50 milhões pela captura de Nicolas Maduro, presidente da Venezuela, e de outros funcionários venezuelanos, acusando-os de narcoterrorismo. Em resposta, Maduro classificou a medida como uma tentativa ilegal e desesperada por parte dos EUA, alegando que a administração americana está agindo com ódio e que a perseguição contra a Venezuela demonstra uma política de agressão e desespero. Ele advertiu que ações como essas podem selar o destino do que ele descreveu como o império americano, sugerindo que a arrogância e a interferência em assuntos soberanos de outras nações podem levar à sua própria queda. A declaração de Maduro foi feita em meio a tensões diplomáticas já elevadas entre os dois países, que se intensificaram com as sanções americanas e o não reconhecimento de Maduro por parte dos EUA.Nicolás Maduro, que sucedeu Hugo Chávez em 2013, enfrenta um período de forte instabilidade política e econômica em seu país, com denúncias de violações de direitos humanos e um êxodo massivo de venezuelanos para países vizinhos, incluindo o Brasil. A oposição venezuelana, liderada por Juan Guaidó, chegou a ser reconhecida por Donald Trump como presidente interino, embora o controle de Maduro sobre as instituições continue. A iniciativa dos Estados Unidos de aumentar a pressão sobre o líder venezuelano através de recompensas financeiras não é inédita, mas o valor elevado e a especificidade das acusações de narcoterrorismo marcam um novo estágio nas ações americanas, que visam explicitamente a retirada do poder de Maduro e a possibilidade de um julgamento internacional. A comunidade internacional, por sua vez, tem se dividido em suas abordagens em relação à crise venezuelana, com alguns países apoiando a pressão externa e outros buscando soluções diplomáticas e regionais para a resolução do conflito. A Venezuela tem rebatido as acusações, denunciando o que chama de campanha de difamação e desinformação orquestrada pelos Estados Unidos para minar a soberania do país e justificar intervenções. O valor apreendido pelos EUA em bens ligados a Maduro e seus associados, estimado em centenas de milhões de dólares, é mais um indicativo do cerco financeiro imposto pelo governo americano.