Maduro convoca venezuelanos para a luta armada e resistência militar
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, em uma clara escalada retórica, convocou a população e os militares do país a se prepararem para uma “luta armada” contra o que ele descreve como ameaças externas, citando especificamente os Estados Unidos. Essa convocação foi feita em meio a um contexto de tensões geopolíticas e declarações firmes por parte do líder bolivariano, que afirmou que qualquer agressão à Venezuela provocaria uma resposta contundente do povo. A retórica de Maduro busca mobilizar o apoio interno e externar a determinação do governo em defender sua soberania. As declarações foram feitas em eventos públicos e plenárias, com o objetivo de galvanizar o sentimento nacionalista e a prontidão militar e civil. Maduro instruiu especificamente aqueles alistados aos quartéis a aprenderem a atirar, sinalizando um direcionamento prático para essa preparação militar. A operação de resistência lançada visa consolidar uma defesa nacional multifacetada, onde a participação popular é vista como um pilar fundamental contra potenciais intervenções. Essa estratégia se insere em um cenário onde a Venezuela já enfrenta sanções econômicas e pressões diplomáticas internacionais. Paralelamente, o presidente buscou reforçar a ideia de que a Venezuela não cederá a pressões externas e que o povo está unido para defender sua autodeterminação e integridade territorial. A comunicação de Maduro é voltada para consolidar uma narrativa de resistência soberana, posicionando o país como vítima de um potencial intervencionismo estrangeiro, o que, em sua visão, justifica a mobilização de todos os recursos disponíveis, incluindo a população civil. A referência à “luta armada” pode ser interpretada como um apelo à resistência em diversas formas, não se limitando necessariamente a um conflito aberto, mas também à mobilização social e política de apoio às forças armadas e ao governo. O discurso de Maduro visa dissuadir potenciais adversários, ao mesmo tempo em que fortalece a unidade interna e a capacidade de resposta em diferentes esferas. A situação atual exige uma análise cuidadosa das implicações dessa retórica para a estabilidade regional e para a política interna venezuelana, em especial no que tange aos direitos humanos e à liberdade de expressão em um contexto de crescente militarização nacional.