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Maduro afirma que EUA possuem mísseis apontados para Venezuela e ameaça declarar país em armas

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, fez declarações alarmantes durante um pronunciamento, afirmando que navios de guerra dos Estados Unidos portando mísseis estão posicionados com o objetivo de atacar seu país. Maduro reiterou as acusações de que Washington planeja uma intervenção militar para promover uma mudança de regime na Venezuela, alegando que os EUA já prometeram entregar o poder a líderes da oposição. Essa retórica intensifica as tensões já elevadas entre as duas nações, que se encontram em um impasse político e econômico há anos, com os Estados Unidos liderando um esforço internacional para isolar o governo de Maduro e apoiar a oposição política. A Venezuela, por sua vez, busca alianças com países que se opõem à influência americana na região. Detalhes sobre a suposta força militar americana, incluindo lançadores de mísseis, navios de desembarque e submarinos, foram divulgados por veículos de comunicação venezuelanos, acompanhados por um infográfico que ilustra a presença militar alegada. Embora o Pentágono não tenha confirmado essas informações específicas, a presença naval dos EUA no Caribe e em águas internacionais próximas à Venezuela é uma realidade constante, como parte de suas operações de patrulha e projeção de força na região. Essas movimentações são frequentemente interpretadas de maneiras distintas pelos diferentes atores políticos, dependendo de suas narrativas e interesses geopolíticos. O governo venezuelano historicamente vê essas ações como ameaças diretas à sua soberania, enquanto os Estados Unidos as categorizam como medidas de segurança regional e de dissuasão. Em resposta à crescente tensão e às alegações de possível ataque, Maduro prometeu declarar a Venezuela uma “república em armas” caso as forças americanas no Caribe tentem invadir o território. Essa declaração sugere uma estratégia de defesa total e resistência armada, buscando mobilizar a população e as forças armadas para um confronto prolongado. A retórica de Maduro sobre estar “pronto para invadir” a Venezuela pelas tropas dos EUA ressoa com a doutrina de defesa nacional do país, que prevê a mobilização de civis e militares em caso de agressão externa. Essa abordagem visa criar um ambiente de percepção de ameaça iminente, justificando medidas de segurança e buscando apoio interno e internacional para a resistência. A situação na Venezuela permanece volátil, com pronunciamentos e contra-pronunciamentos que refletem um cenário de incerteza e desconfiança mútua, onde a informação e a desinformação desempenham papéis cruciais na construção de narrativas e na opinião pública.