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Lula embarca para o Canadá em meio a tensões e participa da Cúpula do G7

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarcou para o Canadá, onde participará da Cúpula do G7, o grupo das sete maiores economias do mundo. A viagem ocorre em um momento de crescentes tensões geopolíticas, especialmente no Oriente Médio e com a continuidade da guerra na Ucrânia, colocando a diplomacia brasileira em um papel central nas discussões globais. Há expectativas de que o presidente se encontre com o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, buscando mediar diálogos e apresentar propostas. A participação de Lula no G7 é estratégica para o Brasil, pois oferece uma plataforma para discutir temas cruciais como a governança global, a reforma de instituições financeiras internacionais e a busca por soluções pacíficas para conflitos. Historicamente, o Brasil tem defendido uma postura de não alinhamento automático e de multilateralismo, posicionando-se como um ator relevante na construção de pontes entre diferentes blocos e interesses. Esta cúpula é uma oportunidade para Lula reafirmar o compromisso do Brasil com a paz e a cooperação internacional, além de promover os interesses do país em debates econômicos e ambientais. A agenda do G7 inclui importantes discussões sobre a transição energética, segurança alimentar e a resiliência das cadeias de suprimentos globais. Para o Brasil, com sua vasta capacidade agrícola e florestal, e sua matriz energética predominantemente limpa, a participação nessas discussões é fundamental para atrair investimentos e fortalecer sua posição como líder em sustentabilidade. A presença de Lula reforça a busca brasileira por um papel mais proeminente na formulação de políticas que afetam o futuro global. A cúpula também servirá como um fórum crucial para Lula abordar as preocupações do Sul Global, defendendo agendas que promovam a equidade e o desenvolvimento sustentável para países em desenvolvimento. A capacidade do Brasil de dialogar com diferentes atores, mantendo uma abordagem pragmática, é vista como um trunfo em um cenário internacional complexo e polarizado. O sucesso desses encontros e discussões pode solidificar o posicionamento do Brasil como um interlocutor chave nas grandes questões que moldam a ordem mundial contemporânea.