Lula defende soberania de Venezuela e Cuba e desafia EUA em evento
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reiterou publicamente seu posicionamento em relação às políticas dos Estados Unidos na América Latina, especialmente no que diz respeito à Venezuela e Cuba. Em um evento do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Lula criticou o que chamou de “terrorismo econômico” promovido pelos norte-americanos contra a Venezuela, ecoando discursos de aliados e reforçando a defesa da soberania das nações. Essa postura alinha o Brasil a uma corrente de países que buscam maior autonomia em relação à influência dos EUA.A participação de um deputado chavista em um congresso do PCdoB, noticiada pela Folha de S.Paulo, evidencia o palco em que essas discussões estão ocorrendo. A presença dele serve como plataforma para denúncias contra as sanções impostas pelos Estados Unidos, agravadas durante a administração de Donald Trump e mantidas, em essência, pelo governo Biden. Essas sanções têm um impacto profundo na economia venezuelana, afetando diretamente a população e a capacidade do governo de prover serviços básicos. A professora entrevistada pela CNN Brasil, por sua vez, contribui com uma análise contextualizada sobre o complexo papel do Brasil e de Lula nesse tabuleiro geopolítico, buscando explicar as nuances da diplomacia brasileira frente às pressões internacionais e aos interesses regionais.As declarações de Lula, que incluem um apelo para que os EUA não intervenham na Venezuela, segundo informações de auxiliares divulgadas pelo G1, sinalizam uma tentativa de mediação e de busca por soluções diplomáticas alternativas à imposição unilaterally. Essa abordagem visa a preservar a estabilidade regional e a evitar conflitos maiores que poderiam ser desencadeados por uma intervenção direta. A defesa de Cuba também se insere nesse escopo, com o presidente brasileiro criticando o embargo econômico imposto pela potência norte-americana.A posição de Lula, embora gere controvérsia e divida opiniões dentro e fora do Brasil, reflete uma estratégia de política externa que prioriza o diálogo e o respeito à autodeterminação dos povos, em contraponto a políticas de isolamento e coerção. Essa orientação busca fortalecer os laços entre nações latino-americanas e promover um ambiente de cooperação mútua, em um cenário global cada vez mais multipolar, onde a busca por um equilíbrio de poder e a soberania nacional ganham destaque como princípios fundamentais nas relações internacionais.