O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou nesta segunda-feira (21) a urgência de uma reforma na Organização Mundial da Saúde (OMS) durante sua participação na cúpula do Brics. Lula argumentou que a pandemia de COVID-19 expôs as fragilidades do sistema global de saúde e a necessidade de maior protagonismo do Sul Global na tomada de decisões. A proposta brasileira visa tornar a OMS mais representativa e eficaz na resposta a futuras crises sanitárias, garantindo acesso equitativo a vacinas e tratamentos. Ele ressaltou que o fortalecimento da OMS é crucial para o bem-estar da humanidade, especialmente em um cenário de crescentes desafios de saúde pública em todo o mundo. A declaração ocorre em um momento em que o Brasil busca reafirmar sua influência no cenário internacional e promover uma ordem multipolar. Os comentários do presidente Lula refletem a visão de que as instituições multilaterais precisam ser adaptadas para as realidades do século XXI, onde países emergentes desempenham um papel cada vez mais central. A defesa de um Sul Global mais ativo em fóruns internacionais é uma bandeira histórica do Brasil e de muitos países em desenvolvimento, que buscam maior voz e poder de decisão. Lula acredita que essa maior participação é fundamental para a construção de um mundo mais justo e equitativo, onde as necessidades e prioridades dos países em desenvolvimento sejam devidamente consideradas. A reforma da OMS, em particular, é vista como um passo essencial para garantir a segurança sanitária global de forma mais abrangente e inclusiva. A cúpula do Brics reúne líderes das cinco maiores economias emergentes do mundo, Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul em um momento de intensas discussões sobre a governança global. O foco em fortalecer a OMS e o protagonismo do Sul Global se alinha com a busca por um sistema internacional mais equilibrado e representativo. As discussões sobre a reforma da OMS e o papel do Sul Global continuam a ser pontos centrais na agenda global, com expectativas de que o Brasil desempenhe um papel de liderança nesse processo. A comunidade internacional acompanha de perto os desdobramentos dessas discussões, visando a construção de um futuro mais seguro e próspero para todos. O discurso de Lula reforça a posição do Brasil como um defensor de um multilateralismo mais inclusivo e eficaz, especialmente no campo da saúde. A cooperação entre os países do Brics e outras nações em desenvolvimento é vista como essencial para alcançar esses objetivos e construir um mundo mais resiliente e justo para as futuras gerações.