O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em discurso realizado no Acre, fez duras críticas à invasão ocorrida no Congresso Nacional, classificando o ato como um motim promovido por parlamentares da oposição. Lula afirmou que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, tem sido um garante da democracia no país, contrastando sua atuação com a postura de outros grupos. Ele também defendeu a cassação de mandatos daqueles que considera terem participado de ações que minam o Estado Democrático de Direito, como a paralisação e as manifestações que levaram à depredação de prédios públicos.

A fala do presidente gerou imediata reação da oposição, que repudiou tanto as críticas dirigidas a Trump quanto a defesa da cassação de deputados. Membros da oposição lembraram de episódios em que o Partido dos Trabalhadores (PT), legenda de Lula, também realizou protestos e manifestações que por vezes ocuparam as dependências do Congresso, sugerindo uma inconsistência na abordagem presidencial. A polêmica em torno da admissibilidade de cassação de mandatos de parlamentares envolvidos em ações consideradas ilegais ou antidemocráticas está no centro do debate político, com diferentes interpretações sobre os limites da atuação legislativa e a liberdade de expressão.

Moraes, figura central na defesa da democracia brasileira, tem sido alvo de constantes ataques por parte de setores que buscam deslegitimar as instituições. Sua atuação em investigações que apuram tentativas de golpe e ataques às urnas eletrônicas é vista por muitos como fundamental para a manutenção da ordem democrática. Lula, ao endossar a postura de Moraes, reforça a necessidade de ações firmes contra aqueles que atentam contra a democracia, sinalizando um alinhamento com o Poder Judiciário em momentos de crise institucional.

A articulação entre o Poder Executivo e o Judiciário em defesa da democracia tem sido um tema recorrente, especialmente em um cenário de polarização política. A discussão sobre a cassação de mandatos de parlamentares, quando motivada por atos que se afastam da legalidade e da ética pública, levanta debates sobre os mecanismos de controle e responsabilização dentro do sistema democrático. Enquanto o presidente busca fortalecer a democracia através da punição de atos antidemocráticos, a oposição argumenta pela liberdade parlamentar, gerando um impasse que reflete as tensões políticas atuais no Brasil.