A lipoaspiração, também conhecida como cirurgia de contorno corporal, é um procedimento estético que visa remover o acúmulo de gordura em áreas específicas do corpo, como abdômen, flancos, coxas, braços e costas. Diferentemente da perda de peso geral, a lipoaspiração não é um tratamento para obesidade, mas sim para modelagem corporal, eliminando depósitos de gordura persistentes que não respondem a dieta e exercícios físicos. É importante ressaltar que, embora possa melhorar a silhueta, o procedimento não remove estrias, celulite ou gordura visceral, e a perda de peso significativa não é o objetivo primário. A escolha de um profissional qualificado e experiente é o primeiro e mais importante passo para garantir a segurança e a satisfação com os resultados.

Para ser considerado um bom candidato à lipoaspiração, é fundamental ter boa saúde geral, elasticidade da pele adequada e um peso corporal estável, idealmente próximo ao ideal. Indivíduos com expectativas realistas sobre os resultados e que se comprometem com um estilo de vida saudável após a cirurgia tendem a obter os melhores desfechos. A lipoaspiração é mais eficaz em áreas onde a gordura é localizada e a pele possui certa firmeza para se retrair após a remoção do tecido adiposo. Pacientes com problemas de circulação, doenças cardíacas, diabetes descompensado ou histórico de coágulos sanguíneos podem ter o procedimento contraindicado ou necessitar de cuidados adicionais.

Antes da cirurgia, uma consulta detalhada com o cirurgião plástico é indispensável. Serão avaliados o histórico médico completo, medicamentos em uso, alergias e expectativas. O cirurgião explicará os riscos e benefícios, as diferentes técnicas de lipoaspiração (como a tumescente, ultrassônica ou a laser) e os resultados esperados. É comum a solicitação de exames de sangue, eletrocardiograma e outras avaliações para garantir que o paciente está apto para o procedimento. A interrupção de certos medicamentos, como anticoagulantes e anti-inflamatórios, pode ser recomendada semanas antes da data marcada, assim como a cessação do tabagismo, que pode comprometer a cicatrização e aumentar o risco de complicações.

O período pós-operatório exige acompanhamento rigoroso e adesão às orientações médicas para otimizar a recuperação e minimizar riscos. O uso de uma cinta de compressão é essencial para ajudar a pele a se retrair e reduzir o inchaço. O repouso relativo, a hidratação adequada e a ingestão de uma dieta balanceada são cruciais. Atividades físicas intensas devem ser evitadas nas primeiras semanas, e o retorno às atividades normais deve ser gradual. Drenagens linfáticas e acompanhamento médico regular auxiliarão na completa recuperação, na redução de edemas e na obtenção do contorno corporal desejado. Complicações como infecções, irregularidades na pele, alterações de sensibilidade e trombose venosa profunda são raras, mas possíveis, e devem ser comunicadas imediatamente ao profissional.