A recente revogação e subsequente concessão do visto para os Estados Unidos ao Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, ilustra um cenário diplomático complexo para o Brasil. A situação, que permitiu sua participação em eventos na Organização das Nações Unidas (ONU), também trouxe à tona a possibilidade de outros ministros não possuírem o documento necessário para ingresso em território americano, impactando a agenda internacional do país. Esta intersecção entre a política externa brasileira e as exigências de visto dos EUA para participação em fóruns internacionais é um tema recorrente que reflete as dinâmicas nas relações bilaterais. O episódio suscita debates sobre a soberania nacional e a necessidade de alinhamento em questões de segurança e imigração, onde os Estados Unidos, como porta de entrada principal para muitas reuniões da ONU a serem realizadas em Nova York, exercem um papel de controle significativo. A capacidade de ministros brasileiros e do próprio presidente de se fazerem presentes em importantes cúpulas internacionais depende diretamente do cumprimento desses regulamentos migratórios, o que pode gerar gargalos e incertezas em momentos cruciais para a projeção internacional do Brasil. Essa dependência de vistos para a participação em eventos globais evidencia a importância contínua da diplomacia consular e a necessidade de manter relações fluidas com potências como os Estados Unidos para assegurar o pleno exercício da agenda brasileira no cenário mundial, especialmente em organizações multilaterais que demandam presença física de seus membros para discussões e tomadas de decisões.