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Kim Jong-un afirma que não trocará arsenal nuclear por fim de sanções, mas diz não descartar diálogo com EUA

Kim Jong-un, líder supremo da Coreia do Norte, reiterou nesta quinta-feira a posição inabalável de seu país em relação ao seu programa nuclear. Em declarações que ecoam a política de longa data de Pyongyang, Kim afirmou categoricamente que o arsenal nuclear norte-coreano não será colocado à mesa de negociação como moeda de troca para o levantamento das sanções econômicas impostas pela ONU e por outras nações. Essa postura consolidada visa garantir a soberania e a segurança nacional aos olhos do regime, que vê suas armas nucleares como o principal baluarte contra pressões externas e potenciais ameaças.

As sanções, que visam principalmente impedir o desenvolvimento de programas de mísseis balísticos e armas nucleares pela Coreia do Norte, têm sido uma fonte constante de tensão nas relações internacionais. Apesar de seu impacto econômico significativo sobre o país isolado, Pyongyang tem demonstrado resiliência, adaptando sua economia e buscando novas formas de contornar as restrições. A declaração de Kim sugere que a estratégia de pressão máxima por parte dos EUA e aliados deve enfrentar a mesma intransigência em relação à desnuclearização.

No entanto, o líder norte-coreano deixou uma porta entreaberta para a diplomacia, ao afirmar que não descarta a possibilidade de diálogo com os Estados Unidos. Essa nuance, embora cautelosa, indica que Pyongyang ainda considera o diálogo como um canal válido para discutir as relações bilaterais e a questão das sanções. Os termos para tal diálogo, contudo, parecem ser fixados pela Coreia do Norte na manutenção de seu status nuclear, o que apresenta um desafio considerável para qualquer tentativa de reaproximação.

A comunidade internacional, liderada pelos Estados Unidos, tem buscado a desnuclearização completa e verificável da península coreana como pré-condição para qualquer alívio das sanções. A persistência de Kim Jong-un em manter seu arsenal, aliada a sua disposição em dialogar sob seus próprios termos, cria um cenário de impasse diplomático complexo. A dinâmica futura dependerá da capacidade de ambas as partes em encontrar um terreno comum ou da continuação da política de confronto e sanções, com os riscos inerentes para a estabilidade regional e global.