Karina Milei, figura central na campanha e na administração de seu irmão Javier Milei, está no centro de um escândalo de corrupção que abala o governo argentino. Denúncias e áudios vazados sugerem o envolvimento da irmã do presidente em um esquema de propina e desvio de verbas públicas, levantando sérias questões sobre a integridade na cúpula do poder. Esta situação coloca em xeque a própria plataforma anticorrupção pela qual Javier Milei ascendeu à presidência.
As acusações detalham um suposto esquema onde empresários teriam sido coagidos a pagar propina para obter contratos ou agilizar processos. A exposição dessas denúncias, amplificada por áudios vazados que supostamente incriminam Karina Milei, já gerou um forte impacto na opinião pública e na política argentina. O governo, por sua vez, tem tentado minimizar o escândalo, atribuindo as acusações a manobras políticas de opositores.
Em resposta às acusações, Javier Milei defendeu publicamente sua irmã, classificando o episódio como uma tentativa da oposição kirchnerista de desestabilizar seu governo e disseminar o caos. Ele acusou seus adversários políticos de usarem falsas denúncias para criar uma onda de descrédito, afirmando que seu lema de ‘roubar o roubo’ se aplica àqueles que criticam seu governo, mas que antes se beneficiaram de práticas corruptas.
Este caso não apenas desafia a imagem de Javier Milei como um agente de mudança e combate à corrupção, mas também expõe as complexas teias de poder e influência dentro da política argentina. A investigação em curso, caso avance, pode ter profundas implicações para a estabilidade da administração Milei e para a confiança da população nas instituições.