Justiça Determina Restabelecimento Imediato de Energia em SP; Apagões Causam Prejuízos Milionários
A Justiça de São Paulo determinou, em caráter liminar, que a Enel restabeleça imediatamente o fornecimento de energia elétrica na capital paulista. A decisão atende a pedidos de diversos órgãos e entidades que representam o setor comercial, amplamente afetado pelos recorrentes apagões que têm assolado a cidade nas últimas semanas. A falha no abastecimento tem gerado transtornos expressivos, impactando diretamente a rotina de milhões de pessoas, além de causar prejuízos econômicos consideráveis, especialmente para pequenos e médios empreendedores que dependem do fornecimento contínuo de energia para suas atividades comerciais. O episódio de um mercado que acumulou um prejuízo de R$ 25 mil devido à falta de luz evidencia a gravidade da situação. A vulnerabilidade de estabelecimentos como mercados, padarias e farmácias se torna ainda mais evidente quando a perda de mercadorias perecíveis se soma à impossibilidade de operar seus equipamentos e sistemas de segurança. Essas perdas, multiplicadas por centenas ou milhares de estabelecimentos, representam um golpe severo para a economia local e para a subsistência de muitos trabalhadores. A falta de energia não afeta apenas o comércio. A indústria, os serviços de saúde, o transporte público e a própria segurança pública sofrem as consequências. Hospitais precisam recorrer a geradores, muitas vezes com autonomia limitada, colocando em risco a vida de pacientes. Semáforos desligados aumentam o risco de acidentes de trânsito, e a ausência de iluminação pública compromete a segurança dos cidadãos. A situação também levanta questionamentos sobre a infraestrutura energética da cidade de São Paulo, uma das maiores metrópoles da América Latina, e sobre a capacidade da concessionária Enel de gerenciar e manter um serviço essencial de forma confiável. A empresa, por sua vez, emitiu comunicados indicando que o fornecimento de energia deve ser normalizado até o dia seguinte, mas a gravidade e a frequência dos eventos demandam uma análise mais aprofundada das causas e a implementação de medidas corretivas eficazes a longo prazo, que vão além de paliativos temporários e garantam a continuidade e a qualidade do serviço prestado à população.