A justiça colombiana, através de uma decisão do Tribunal Superior de Bogotá, ordenou nesta terça-feira (16) a soltura do ex-presidente Álvaro Uribe Vélez. Uribe estava em prisão domiciliar desde agosto de 2020, sob acusação de fraude processual e suborno de testemunhas. A decisão judicial representa um marco significativo no longo processo que investiga as condutas do ex-mandatário colombiano, que sempre negou as acusações. A liberdade concedida, no entanto, não extingue o processo, que seguirá tramitando no Tribunal. O caso gira em torno de alegações de que Uribe teria manipulado testemunhas para incriminar o senador Gustavo Petro, atual presidente da Colômbia, em um caso de espionagem e manipulação política. Defensores de Uribe argumentam que a prisão domiciliar era desnecessária e que ele sempre colaborou com a justiça. A decisão de liberá-lo foi baseada na ausência de um dos requisitos legais para a manutenção da prisão preventiva em casos que não envolvem risco à sociedade ou à instrução probatória. O Tribunal considerou que Uribe não representa mais um risco de fuga ou de interferência na coleta de provas, especialmente após ter deixado a Presidência. A notícia gerou reações diversas na Colômbia, dividindo opiniões entre apoiadores e opositores do ex-presidente. Enquanto alguns celebram a decisão como um triunfo da justiça e do devido processo, críticos expressam preocupação com a possibilidade de impunidade e questionam a imparcialidade do julgamento. O desfecho deste caso continuará a gerar debates acalorados no cenário político colombiano.