O Japão executou nesta terça-feira (21) Takahiro Shiraishi, o chamado Assassino do Twitter, que chocou o país e o mundo ao confessar o assassinato e desmembramento de nove pessoas. Shiraishi atraía suas vítimas através das redes sociais, prometendo ajuda para cometer suicídio. Ele foi condenado à morte em dezembro de 2020 e sua execução ocorreu por enforcamento, confirmando a sentença judicial. A notícia reverberou em diversos veículos de comunicação internacionais, destacando a brutalidade dos crimes e o método utilizado pelo assassino. A condenação à pena de morte, uma prática ainda existente no Japão, gerou discussões sobre o sistema judicial e a punição para crimes hediondos. Os crimes de Shiraishi vieram à tona em 2017, quando a polícia começou a investigar o desaparecimento de uma jovem que havia postado seu desejo de morrer no Twitter. Ao inspecionar o apartamento de Shiraishi, os investigadores encontraram os restos mortais das nove vítimas, incluindo oito mulheres e um homem, escondidos em recipientes refrigerados e caixas de ferramentas. O caso expôs a vulnerabilidade de pessoas em situação de fragilidade emocional e o perigo das interações online com desconhecidos, levantando debates sobre segurança digital e a necessidade de redes de apoio mais eficazes para pessoas com pensamentos suicidas. A crueldade com que Shiraishi ocultava os restos mortais, descrito como uma verdadeira casa dos horrores, chocou profundamente a opinião pública japonesa e internacional, intensificando os pedidos por justiça e punições severas para crimes de tamanha gravidade. A execução de Shiraishi encerra um capítulo sombrio na história criminal do Japão, mas as cicatrizes deixadas pelas suas ações e as questões sociais que o caso levantou permanecem como um alerta importante para a sociedade.